A campanha da vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, e comitês políticos relacionados arrecadaram US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,6 bilhões) desde o anúncio de que a ex-procuradora seria o nome democrata na corrida à Casa Branca, em julho. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 9, pela agência de notícias Reuters.
Kamala entrou no páreo após o presidente dos EUA, Joe Biden, desistir da sua candidatura à reeleição, reflexo de pressão brutal de membros do Partido Democrata para que abandonasse o pleito por supostas preocupações com o declínio cognitivo do político de 81 anos.
No comando da chapa, a vice-presidente encheu os cofres da campanha num ritmo frenético. Ainda em julho, ela conseguiu US$ 310 milhões (R$ 1,7 bilhão na cotação da época) em doações, contra os US$ 138,7 milhões do ex-presidente Donald Trump, seu rival. A equipe de campanha de Harris definiu o feito como “uma conquista histórica para uma candidata que fará história em novembro”, quando serão realizadas as eleições.
Na ocasião, mais de US$ 200 milhões do valor total foram arrecadados apenas na primeira semana depois do líder americano abrir mão da corrida em seu favor. Dois terços das doações vieram de pessoas que nunca haviam contribuído com uma campanha eleitoral, e 94% eram montantes de US$ 200 ou menos. Ou seja, as doações foram impulsionadas por pequenos apoiadores.
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Embate acirrado
Embora tenha atraído doadores, Kamala ainda enfrentará uma duríssima disputa contra Trump. É o que mostrou uma pesquisa de opinião Reuters/Ipsos publicada nesta terça-feira, 8. Se em 23 de setembro a democrata tinha seis pontos de vantagem, agora está apenas três pontos à frente do republicano: 46% a 43%.
Os entrevistados ouvidos na pesquisa classificaram a economia como o principal problema enfrentado pelo país. Cerca de 44% disseram que Trump tem a melhor abordagem para lidar com o crescente “custo de vida”, superior aos 38% que disseram o mesmo sobre Kamala.
Além disso, 53% dos entrevistados disseram concordar com a declaração de que “imigrantes que estão ilegalmente no país são um perigo para a segurança pública”, em comparação com 41% que discordam do discurso, amplamente ligado à campanha de Trump. Apesar da queda, Kamala venceu Trump em cada uma das seis pesquisas eleitorais Reuters/Ipsos desde que entrou no embate.