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Campanha de Trump acusa Partido Trabalhista britânico de interferir na eleição americana

Queixa foi feita após funcionários do partido terem viajado para os EUA para dar conselhos aos candidatos democratas

Por Da Redação
Atualizado em 23 out 2024, 11h40 - Publicado em 23 out 2024, 11h36
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  • A equipe de campanha do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato republicano na corrida à Casa Branca, Donald Trump, acusou na terça-feira, 22, o Partido Trabalhista do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, de “interferência estrangeira flagrante” nas eleições norte-americanas, após funcionários do partido terem viajado para os EUA para dar conselhos aos candidatos democratas.

    A queixa foi apresentada à Comissão Eleitoral Federal em Washington juntamente com um pedido de investigação sobre o que a campanha republicana descreveu como “contribuições estrangeiras ilegais” do Partido Trabalhista para a campanha de Kamala Harris.

    A polêmica foi desencadeada por um publicação, agora excluída, da chefe de operações do Partido Trabalhista britânico, Sofia Patel, que escreveu que quase 100 funcionários atuais e antigos do Partido Trabalhista viajariam para os EUA nas próximas semanas para ajudar a eleger a vice-presidente democrata.

    A publicação dizia ainda que restavam 10 vagas para quem quisesse viajar para a Carolina do Norte e fazer campanha para Harris, acrescentando que “nós resolveremos sua moradia”.

    Em um comunicado à imprensa intitulado “Os britânicos estão chegando”, a campanha de Trump também acusou o “Partido Trabalhista de extrema esquerda” de inspirar “as políticas e a retórica perigosamente liberais de Kamala”.

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    Campanha voluntária

    O premiê britânico, por sua vez, afirmou que os funcionários de seu partido que foram para os EUA fazer campanha pela candidata democrata Kamala Harris eram voluntários e estavam “fazendo isso no seu tempo livre”, negando que a queixa da equipe de campanha republicana prejudicaria as relações com Trump caso o ex-presidente vença as eleições presidenciais. 

    De acordo com as leis americanas, estrangeiros podem se voluntariar em campanhas eleitorais, desde que não sejam remunerados. A campanha de Trump não apresentou evidências de que os funcionários do partido britânico receberam qualquer tipo de compensação financeira pelo trabalho realizado na campanha de Harris. 

    O secretário do Meio Ambiente do Reino Unido, Steve Reed, disse à BBC que o Partido Trabalhista não financiou nem organizou as viagens dos voluntários britânicos aos EUA. 

    “Cabe aos cidadãos privados decidirem como utilizar o seu tempo e o seu dinheiro, e não é invulgar os apoiantes de um partido num país irem fazer campanha para um partido irmão noutro, acontece nos dois sentidos e em muitos países”, completou Reed.

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