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Campanha de Trump revoga credenciais de jornalistas críticos ao ex-presidente

Repórteres do Politico, Axios, Puck, Voice of America e Mother Jones foram barrados de evento republicano em West Palm Beach, na Flórida

Por Da Redação 5 nov 2024, 18h40

A campanha do ex-presidente Donald Trump negou ou revogou credenciais de jornalistas por coberturas críticas ao republicano, informou a emissora americana CNN nesta terça-feira, 5, dia de eleição nos Estados Unidos. Repórteres dos meios de comunicação Politico, Axios, Puck, Voice of America e Mother Jones foram impedidos de participar do evento de acompanhamento dos resultados da equipe de Trump em West Palm Beach, na Flórida.

A equipe de repórteres e um fotógrafo do Politico haviam recebido sinal verde para comparecer ao encontro. Houve, no entanto, uma mudança nas credenciais na manhã desta terça-feira. De acordo com a CNN, que falou com uma fonte familiarizada com o assunto, eles tiveram o acesso negado devido a uma reportagem do portal de notícias sobre a demissão de Luke Meyer.

Um funcionário da campanha republicana, que fez trabalho de campo na Pensilvânia por cinco meses, ele perdeu o emprego após a revelação de que era um supremacista branco que atuava online com o pseudônimo de Alberto Barbarossa. Segundo relatos da imprensa americana, ele foi demitido em abril, após uma jornalista do Politico questionar o Partido Republicano sobre o caso.

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Já a correspondente do portal de notícias Puck, Tara Palmeri, estava com tudo preparado para transmitir a cobertura eleitoral diretamente do evento, ao lado do apresentador Brian Williams, como parte de um programa da Amazon. O cenário mudou após Palmeri publicar uma matéria intitulada “Por dentro de Mar-a-Lago: ansiedade sobre a PA (abreviação para Pensilvânia), jogos do chefe de gabinete e o czar RFK Jr (Robert F. Kennedy Jr.)“, em referência ao candidato independente que abandonou a corrida eleitoral e declarou apoio a Trump em troca de um cargo em um eventual governo. A credencial foi, então, negada.

“Eu sei que disse a vocês que cobriria a festa da noite da eleição de Trump em Palm Beach, mas acontece que irritei o gerente de campanha de Trump com minhas reportagens e eles decidiram negar minhas credenciais”, alegou Palmeri no podcast Somebody’s Gotta Win. “Fui honesta e justa durante todo esse tempo cobrindo esta eleição e agora estarei transmitindo em estúdio com Brian Williams, de Los Angeles.”

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Um membro da equipe do republicano amenizou a situação, dizendo à CNN que a negativa não foi motivada por reportagem “crítica”, mas por ser “imprecisa”. Já o copresidente da campanha de Trump, Cris LaCivita, aumentou o tom contra a repórter e escreveu em publicação no X, antigo Twitter, que “a colunista de fofocas ‘famosa’ Tara Palmieri teve suas credenciais NEGADAS para entrar em Mar-a-Largo para cobrir a noite das eleições devido à sua ‘propensão’ a escrever besteiras”.

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Em outro post, LaCivita respondeu a um usuário que existe “uma lista” de jornalistas e que estão sendo checados “duas vezes”. A repórter Sophia Cai, do portal Axios, também teve sua credencial rejeitada depois de publicar sobre a “ansiedade” da campanha trumpista antes das eleições. Em comunicado, a editora-chefe do veículo, Aja Whitaker-Moore, definiu Cai como uma “excelente repórter que reportou sobre a eleição presidencial de 2024 com cobertura clínica essencial para a Axios”.

Repórteres da Voice of America e da Mother Jones também não tiveram o “passe” aceito. Mas não é a primeira vez que Trump aplica um cerco contra jornalistas. Em 2018, a Casa Branca, sob comando do ex-presidente, revogou a credencial de Jim Acosta, correspondente da CNN, mas teve de restaurá-la após a emissora americana entrar com uma ação judicial contra o governo.

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