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Canal oficial de Nicolás Maduro no YouTube sai do ar

Em 2024, o TikTok bloqueou lives do venezuelano durante a eleição; o autocrata baniu o X do país no mesmo ano

Por Laryssa Borges SEGUIR SEGUINDO 20 set 2025, 21h10

O canal do autocrata venezuelano Nicolás Maduro na plataforma YouTube saiu do ar na sexta-feira, 19, informou a televisão estatal Telesur. De acordo com a emissora, a conta foi “fechada (…) em momentos de plena aplicação de operações de guerra híbrida dos EUA contra a Venezuela”. A Telesur disse não descartar uma possível determinação política para o banimento do perfil de Maduro. O presidente venezuelano não havia se manifestado sobre o episódio até este sábado, 20.

Na página, Maduro reunia pouco mais de 230.000 seguidores, que, procurada na plataforma, registra apenas a mensagem: “Esta página não está disponível. Pedimos desculpas pelo inconveniente”. Em 2024, o TikTok bloqueou lives do venezuelano durante a eleição que, com graves indícios de fraude, deu a ele um novo mandato. Também no ano passado, Maduro baniu o X da Venezuela.

A exclusão da página do político venezuelano no YouTube ocorre em um momento de especial tensionamento de relações com os Estados Unidos. Na última sexta-feira, 19, o presidente americano Donald Trump publicou na rede social Truth Social um vídeo em que uma embarcação venezuelana é abatida no mar do Caribe por, supostamente, transportar drogas aos Estados Unidos. É o terceiro barco interceptado pelos Estados Unidos nas últimas semanas. Ao menos 14 pessoas foram mortas durante esses ataques. Trump alega que as embarcações estavam em águas internacionais, na área de responsabilidade do Comando Sul dos Estados Unidos. “Parem de vender fentanil, narcóticos e drogas ilegais na América e de cometer violência e terrorismo contra os americanos”, escreveu o republicano.

O ditador venezuelano teria se oferecido para iniciar negociações diretas com as autoridades americanas, segundo a agência Reuters. Publicamente, ele tem dito que o país tem sofrido uma “agressão” dos Estados Unidos — e que os americanos desejam um conflito armado. Nesta semana, Maduro deu ordens para que exercícios militares fossem feitos na ilha La Orchila, no norte do país, além de ter enviado tropas para a região de fronteira.