Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Super BlackFriday: Assine VEJA a partir de 7,99

Candidato a deputado apoiado por Milei é alvo de escândalo relacionado ao narcotráfico

José Luis Espert recebeu US$ 200 mil (mais de R$ 1 milhão) de Fred Machado, um argentino investigado por tráfico de drogas nos EUA

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 out 2025, 17h40

O presidente da Argentina, Javier Milei, passou a lidar com um novo escândalo político nesta quinta-feira, 2, após um extrato do Bank of America revelar que o deputado do Liberdade Avança, partido governista, na província de Buenos Aires recebeu US$ 200 mil (mais de R$ 1 milhão) de Fred Machado, um argentino investigado por suposto envolvimento com narcotráfico nos Estados Unidos. O documento bancário foi divulgado pelo jornal La Nación pouco depois do político José Luis Espert ter negado ter embolsado o valor.

Após ser contrariado pelo veículo, Espert explicou que recebeu o montante como pagamento por ter prestado uma consultoria à empresa de mineração Minas del Pueblo, localizada na Guatemala, associada a Machado. Em vídeo publicado nas redes sociais, ele explicou que Machado atuou como colaborador de sua campanha presidencial em 2019. Espert também negou qualquer irregularidade e argumentou que pecou “por ser ingênuo, mas nunca criminoso”.

“Machado foi um dos tantos colaboradores da campanha de 2019. Além disso, me disse que uma empresa de mineração vinculada a ele necessitava meus serviços como economista”, disse ele, acrescentando: “Nunca recebi dinheiro que não fosse devidamente justificado ou dos quais pudesse suspeitar de origem ilícita.”

Segundo o Tribunal Distrital Leste do Texas, “Machado e os outros réus estavam envolvidos na comercialização de aeronaves, onde as aeronaves eram compradas e registradas de empresas ou indivíduos estrangeiros para então serem exportadas”. Parte delas foi usada por “cartéis de drogas em lugares como Colômbia, Venezuela, Equador, Belize, Honduras, Guatemala e México para traficar grandes quantidades de cocaína para os Estados Unidos, totalizando US$ 350 milhões em operações de tráfico ilícito de drogas em todo o mundo”.

Antes que Espert se tornasse deputado, Machado também emprestou um dos aviões para que ele fosse ao interior da Argentina para apresentar um livro. No momento, o argentino investigado está em prisão domiciliar na cidade de Viedma, na Argentina, enquanto aguarda um pedido de extradição dos EUA.

Continua após a publicidade

Outros escândalos

A polêmica enrolada o Liberdade Avança nas eleições legislativas de 26 de outubro e soma-se à lista de escândalos relacionados, de maneira direta ou indireta, ao governo Milei. Em agosto, Karina Milei, irmã do líder argentino e secretária-geral da Presidência, foi acusada de envolvimento em um esquema de propina.

A crise política foi instaurada após vazamento de gravações de áudio nas quais uma voz, atribuída a Diego Spagnuolo, então chefe da Agência Nacional para a Deficiência (Andis), detalha um suposto sistema de retorno de 8% sobre a compra de medicamentos. Elas apontam Eduardo “Lule” Menem, assessor presidencial, como o suposto organizador do esquema e mencionam Karina como a suposta destinatária de 3% das propinas.

No início de setembro, o juiz Alejandro Marianello proibiu a imprensa de publicar áudios gravados na Casa Rosada. Na época, o porta-voz da Presidência, Manuel Adorni, condenou a “operação ilegal de inteligência para desestabilizar o país em plena campanha eleitoral”, concluindo: “Conversas privadas de Karina Milei e de outros funcionários foram gravadas, manipuladas e divulgadas com o objetivo de condicionar o Executivo. Foi um ataque ilegal, planejado e direcionado”.

Em meio às acusações de censura, Karina informou semanas mais tarde que a liminar havia sido revogada. Na ocasião, ela justificou que “a medida cautelar não foi solicitada como censura prévia, muito menos sob a justificativa de que poderia haver algo incriminador, como diversas operadoras tentaram fazer crer e alegaram” e alegou que as gravações eram falsas: “A verdade é que se trata de gravações de áudio obtidas ilegalmente, que também foram manipuladas e editadas com o propósito de criar uma operação contra mim e minha família”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SUPER BLACK FRIDAY

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
SUPER BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$47,88, equivalente a R$3,99/mês.