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Capivaras verdes? O que explica o fenômeno flagrado na Argentina

Incidente ligado à poluição expõe desequilíbrio ambiental na região

Por Redação Atualizado em 14 fev 2025, 16h09 - Publicado em 14 fev 2025, 16h07

Capivaras tingidas de verde foram flagradas às margens do rio Uruguai, na província argentina de Entre Ríos. A cena inusitada logo viralizou nas redes sociais, levantando especulações sobre a origem da coloração. Inicialmente, suspeitou-se de tinta ou contaminação química, mas especialistas esclareceram que o fenômeno é causado pela proliferação de cianobactérias, um problema ambiental agravado pelo calor extremo e pelo despejo de resíduos industriais e agrícolas.

A cada ano, com maior intensidade devido ao aquecimento global, o reservatório da represa de Salto Grande, na fronteira entre Argentina e Uruguai, enfrenta a floração descontrolada dessas microalgas. As cianobactérias contêm clorofila, o que lhes dá a coloração verde e permite que realizem fotossíntese.

Capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) cobertas de limo verde brilhante devido a cianobactérias nas águas do lago Salto Grande, um corpo de água artificial feito pela barragem hidrelétrica no rio Uruguai, perto de Concordia, Entre Rios, Argentina, em 13 de fevereiro de 2025.
Capivaras cobertas de limo verde devido a cianobactérias nas águas do lago Salto Grande, no rio Uruguai, perto de Concordia, Entre Rios, Argentina, em 13 de fevereiro de 2025. (JUAN MABROMATA/AFP)
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Embora façam parte do ecossistema aquático, quando encontram condições favoráveis, como altas temperaturas e excesso de nutrientes na água, proliferam de forma descontrolada, transformando rios e lagos em um caldo esverdeado e tóxico. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou as cianobactérias como um problema emergente.

Quando certas condições ambientais ocorrem, esses organismos oportunistas começam a crescer de forma desmedida e ocorre um ‘bloom’ ou floração de cianobactérias”, explicou Diego Frau, pesquisador do Instituto Nacional de Limnologia (Inali), em entrevista à AFP.

Nos últimos dias, algumas praias na província de Buenos Aires foram interditadas devido à presença excessiva dessas microalgas. A Comissão Administradora do Rio Uruguai (CARU) recomendou que moradores e turistas evitem contato com a água. “A proliferação dessas bactérias pode causar problemas gastrointestinais, irritações na pele e até danos hepáticos”, alertou o órgão.

O caso das capivaras verdes na Argentina não é um exemplo isolado de como alterações no clima afetam os animais. No ano passado, capivaras com pelagem dourada foram registradas no Pantanal e em parques de Cuiabá. Nesse caso, a mudança de cor foi atribuída à seca prolongada e à intensa radiação ultravioleta, que degradou a melanina dos pelos.

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