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Casa Branca diz que recrutamento militar de Putin é sinal de desespero

Autoridades dos EUA e do Reino Unido interpretaram convocação de 300.000 novos soldados como demonstração de que invasão à Ucrânia está falhando

Por Da Redação 21 set 2022, 12h45
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  • Autoridades dos Estados Unidos e do Reino Unido reagiram à decisão do presidente Vladimir Putin de declarar nesta quarta-feira, 21, uma “mobilização parcial” de reservistas.

    O coordenador do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos para comunicações estratégicas, John Kirby, interpretou a mobilização imediata como um sinal de fraqueza do Exército russo após as recentes contra-ofensivas das forças ucranianas.

    “É definitivamente um sinal de que ele está lutando, e sabemos que ele sofreu dezenas de milhares de baixas. Claramente, a mão de obra é um problema para ele, principalmente naquela área nordeste de Donbas”, disse Kirby, em entrevista à emissora norte-americana ABC.

    Em um raro discurso gravado à nação, Putin pediu uma “mobilização parcial” de 300.000 pessoas com experiência militar. Embora Moscou tenha sofrido perdas significativas recentemente no campo de batalha, ele disse que os objetivos da Rússia na Ucrânia não mudaram e que a medida era “necessária e urgente” porque o Ocidente “ultrapassou todos os limites” ao fornecer armas sofisticadas à Ucrânia.

    A mobilização torna obrigatória por lei para os reservistas que são oficialmente convocados para se apresentarem ao serviço, sob pena de multas ou acusações. O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que estudantes não seriam convocados para lutar e que os recrutas não seriam enviados para a “zona de operações especiais”, o termo que o Kremlin usa para se referir à guerra.

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    O número de soldados russos, incluindo separatistas alinhados com a Rússia, membros de empresas de segurança privada e voluntários, atualmente não excede 200.000, segundo estimativas de analistas e especialistas militares. Se a mobilização parcial for bem-sucedida, os novos recrutas mais que dobrarão essa quantidade, tornando mais fácil para a Rússia defender as linhas de frente na Ucrânia.

    + Guerra na Ucrânia: Água fria nos planos do Kremlin

    Kirby ressaltou ainda que o número de novos soldados convocados é “quase o dobro” do que Putin teria enviado à a guerra em fevereiro deste ano, quando a invasão começou. Ele também criticou as alegações do presidente russo sobre a presença de neonazistas na Ucrânia e comentou as ameaças do Kremlin sobre uso de armas nucleares.

    “É uma retórica irresponsável para uma potência nuclear falar dessa maneira, mas não é atípico como ele vem falando nos últimos sete meses, e levamos isso muito a sério. Estamos monitorando ao máximo, a postura estratégica deles, para que, se for preciso, possamos alterar a nossa”, disse ele, advertindo que haverá “graves consequências” caso a ameaça se torne realidade.

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    + Russos tentam deixar o país depois de Putin convocar reservistas

    De acordo com autoridades do governo Biden, mais de 75.000 soldados russos foram mortos ou feridos durante a guerra na Ucrânia.

    Um porta-voz do governo do Reino Unido também se pronunciou sobre o discurso de Putin, afirmando que a medida lançada é um “claro reconhecimento” de que a estratégia de Moscou está falhando na guerra contra Kiev.

    “O discurso de Putin esta manhã e seu movimento para mobilizar a população russa são uma clara admissão de que sua invasão está falhando. O Reino Unido, juntamente com nossos parceiros internacionais, está unido na condenação das ações repreensíveis do governo russo”, declarou.

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