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Casa Branca sinaliza que pode negociar troca de muro de concreto por aço

Discordância sobre verba para construção de barreira na fronteira persiste, enquanto país está em seu 15º dia de paralisação

Por Da Redação
6 jan 2019, 15h15
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  • O chefe de gabinete interino da Casa Branca, Mick Mulvaney, reiterou neste domingo, 6, que o presidente Donald Trump está disposto a ceder em alguns pontos para avançar nas negociações e por um fim à paralisação do governo, que já entra em sua terceira semana.

    Segundo Mulvaney, Trump poderia aceitar uma barreira feita de aço ao invés de um muro de concreto na fronteira entre os Estados Unidos e o México.

    Em entrevista ao programa Meet the Press, transmitido nesta manhã pela emissora NBC, Mulvaney sinalizou que Trump poderia “retirar o muro de concreto da mesa de negociações” com os líderes democratas sobre a paralisação.

    Ele acrescentou que os parlamentares estão debatendo sobre “se uma barreira de 6 metros de altura, 9 metros de altura de aço, de ripas de aço, seria um muro ou não”.

    A construção de um muro ao longo da fronteira no sul do país está no centro de uma disputa sobre gastos que despertou a paralisação do governo dias antes do Natal.

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    Trump tem afirmado que a barreira, uma de suas principais promessas de campanha em 2016, é necessária para garantir a segurança nacional e impedir a imigração ilegal. Ele exige que sejam alocados 5,6 bilhões de dólares para a obra.

    “Se ele tiver de desistir do muro de concreto, substituí-lo por uma barreira de aço para que os democratas possam dizer, ‘Viu? Ele não está mais querendo construir um muro’, e isso nos ajudar a seguir na direção correta, então faremos”, disse Mulvaney.

    A presidente da Câmara dos Deputados, a democrata Nancy Pelosi, é contra a construção do muro, mas os democratas apoiam a liberação de mais dinheiro para aumentar a segurança na fronteira.

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    O pacote orçamentário aprovado pela Câmara dos EUA na quinta-feira (3) para Departamento de Segurança Nacional inclui reparos em barreiras ao longo do muro, junto com barreiras de amarração, diques e melhorias tecnológicas, mas não liberou dinheiro para um muro de concreto.

    A paralisação do governo causada pela discordância sobre a distribuição do orçamento já está em seu 15º dia e afeta nove dos 15 departamentos de nível de gabinete e dezenas de agências, incluindo os departamentos de Segurança Nacional, Transporte, Interior, Agricultura, Estado e Justiça.

    No sábado, as conversas entre representantes da Casa Branca e do Congresso terminaram sem um acordo para o fim da paralisação, enquanto continua o impasse entre Trump e os democratas sobre a construção ou não do muro. O grupo concordou em retomar as negociações na tarde de domingo.

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    Em comunicado na noite de sábado, 5, Pelosi disse que a Câmara aprovará no início da próxima semana orçamentos individuais para reabrir algumas agências do governo, começando pelo Departamento do Tesouro e da Receita Federal (IRS, na sigla em inglês) para garantir a restituição do imposto de renda aos contribuintes.

    Esses pacotes devem seguir ainda para aprovação do Senado e precisam ser assinados pelo presidente, que tem indicado que manterá o “governo fechado” até que o Congresso aprove o orçamento para o muro.

    (Com Estadão Conteúdo)

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