Catar anuncia extensão de trégua entre Israel e o Hamas por mais dois dias
Acordo para permitir libertação de reféns sequestrados pelo Hamas em troca de palestinos detidos em prisões israelenses expiraria na terça-feira

O governo do Catar anunciou nesta segunda-feira, 27, que todas as partes chegaram a um acordo para estender por mais dois dias a trégua entre Israel e o grupo militante palestino Hamas. O anúncio foi feito pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Doha, Majed Al Ansari, no X, antigo Twitter.
https://twitter.com/majedalansari/status/1729171016642166998
O acordo que estabeleceu uma trégua temporária na Faixa de Gaza para permitir a libertação de reféns sequestrados pelo Hamas em troca de palestinos detidos em prisões israelenses expiraria na terça-feira, 28, às 7h do horário local (2h em Brasília).
Autoridades de ambos os lados já haviam confirmado interesse em prolongar a trégua para que haja mais libertações de reféns, em sua maioria israelenses, presos em Gaza em troca de prisioneiros palestinos, mulheres e adolescentes condenados por conexão com grupos terroristas.
Sob a extensão, pelo menos mais dez reféns israelenses serão libertados na terça-feira e outros dez serão libertados na quarta, com 30 prisioneiros palestinos a serem libertados por Israel nos mesmos dias.
Até agora, 62 dos mais de 240 reféns – incluindo crianças, idosos, deficientes, soldados e estrangeiros – sequestrados pelo Hamas há quase dois meses foram libertados na operação. Outro foi resgatado pelas forças israelenses anteriormente, e dois foram encontrados mortos dentro de Gaza.
Em contrapartida, um total de 117 palestinos foram soltos desde o início da trégua.
O conflito foi desencadeado quando o Hamas invadiu cidades do sul de Israel, em 7 de outubro, disparando ao menos 300 foguetes contra o país e matando mais de 1.200 pessoas, a maioria civis. Em resposta ao ataque, Israel iniciou uma ofensiva militar ampla contra a Faixa de Gaza por ar, terra e mar, provocando a morte de entre 13 mil e 15 mil palestinos, cerca de dois terços dos quais são mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde, controlado pelo Hamas. Mais de 1 milhão de pessoas foram forçadas a abandonar suas casas.