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Chanceler britânico teme que Israel haja violado lei internacional em Gaza

David Cameron diz que incidentes pontuais levantaram um 'ponto de interrogação' sobre excessos de Tel Aviv no enclave palestino

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h30 - Publicado em 9 jan 2024, 16h14
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  • O secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, revelou nesta terça-feira, 9, preocupações que Israel tenha violado leis internacionais em seus ataques à Faixa de Gaza.

    Em coletiva, ele foi questionado se Tel Aviv poderia ser alvo do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, corte que julga crimes de guerra e contra a humanidade. Em surpreendente resposta, o chanceler britânico disse que a situação no enclave palestino era “próxima disso”. 

    “Estou preocupado que Israel tenha tomado medidas que possam violar o direito internacional, porque esta instalação em particular foi bombardeada, ou algo assim? Sim, claro”, afirmou. 

    Desde a eclosão da guerra, em 7 de outubro, o governo britânico apoiou o direito de autodefesa de Israel para “pôr fim à violência” do grupo terrorista palestino Hamas. Ao mesmo tempo, apelou ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, para que fossem criados corredores humanitários “o mais rápido possível”, de forma que cidadãos do Reino Unido presos na zona de guerra conseguissem deixar Gaza. 

    + Líder do Hamas rejeita negociação de reféns até libertação de palestinos

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    Conselho dos advogados

    Embora tenha expressado dúvidas, Cameron não informou se havia recebido pareceres jurídico que apontassem para excessos de Israel, comprovando a quebra das normas internacionais. Ele, contudo, disse que incidentes pontuais levantaram um “ponto de interrogação” sobre violações e que seus advogados, em breve, o aconselhariam sobre o assunto.

    “O conselho tem sido até agora que eles [Israel] têm o compromisso, a capacidade de cumprimento [do direito internacional], mas em muitas ocasiões isso está em questão”, acrescentou.

    Os Estados Unidos, que estenderam apoio “sólido e inabalável” a Netanyahu, também têm subido o tom com o aliado. Em dezembro, o secretário de Defesa americano, Llyod Austin, visitou Tel Aviv dias após de ter elencado uma série de críticas à conduta israelense e o consequente aumento das baixas civis na Faixa de Gaza.

    O recado foi reforçado nesta terça-feira pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, que “enfatizou a importância de evitar mais danos civis e proteger a infraestrutura civil” no enclave palestino, bem como a “importância de aumentar o nível de assistência humanitária que chega aos civis em Gaza”, durante visita a Israel. Até o momento, mais de 22 mil palestinos foram mortos, segundo o Hamas.

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