Chanceler norte-coreano viaja para encontro com ministra sueca
O país europeu é um dos poucos países ocidentais com embaixada em Pyongyang; cúpula entre Trump e Kim Jong-un pode ser tema de conversações
O ministro norte-coreano das Relações Exteriores, Ri Yong Ho, fez escala nesta quinta-feira em Pequim antes de viajar para a Suécia, país que representa os interesses americanos em Pyongyang, no momento em que Coreia do Norte e Estados Unidos preparam uma histórica cúpula.
Segundo o jornal sueco Dagens Nyheter, que na semana passada citava fontes diplomáticas, a chefe da diplomacia sueca, ministra Margot Wallström, vai-se reunir “em breve” com Ri.
As conversações “se concentrarão nas responsabilidades consulares da Suécia como um poder de proteção para os Estados Unidos, Canadá e Austrália“, afirmou o ministério sueco em comunicado, mas também abordará a situação de segurança na Península da Coreia.
A Suécia tem relações diplomáticas com a Coreia do Norte desde 1973 e agora é um dos poucos países ocidentais a ter uma embaixada em Pyongyang. A embaixada do país representa os interesses americanos na Coreia do Norte, já que Washington não tem relações diplomáticas com o regime de Kim Jong-un.
Niklas Swanstrom, do Instituto de Segurança e Política de Desenvolvimento, com sede em Estocolmo, disse que tal reunião seria apenas preliminar para as conversas de alto nível, mas elas poderiam dar uma indicação sobre quais os interesses e demandas da Coreia do Norte.
“O pressuposto é, naturalmente, que eles falarão um pouco sobre as conversações propostas entre Donald Trump e Kim Jong-un”, disse à Associated Press, observando que as relações entre as duas Coreias “melhoraram significativamente” nas últimas semanas.
Uma histórica cúpula entre Trump e Kim Jong-un pode acontecer antes do fim de maio, anunciou na semana passada um funcionário de alto escalão do governo sul-coreano, após meses de tensão e de ameaças de guerra em torno do programa nuclear norte-coreano.
A Suécia é apontada por alguns rumores como o possível local de encontro entre os dois líderes, embora uma vila do lado sul-coreano da Zona Desmilitarizada entre as Coreias seja vista como local mais provável.
(Com AFP e AP)