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Chefe da Catalunha abre porta para declaração de independência

Carles Puigdemont afirmou que enviará o resultado do referendo para o Parlamento catalão já nos próximos dias

Por Da redação
1 out 2017, 19h22

O chefe do governo regional catalão, Carles Puigdemont, abriu a porta para uma possível declaração de independência da Catalunha neste domingo. O dia foi marcado por tensões na região do nordeste da Espanha, onde a polícia foi acionada para impedir a realização do referendo.

“Neste dia de esperança e sofrimento, os cidadãos da Catalunha ganharam o direito de ter um Estado independente sob a forma de uma república”, disse Puigdemont, em um pronunciamento televisionado, cercado por membros de seu governo.

“O meu governo, nos próximos dias, enviará os resultados do voto de hoje ao Parlamento da Catalunha, onde reside a soberania do nosso povo, para que possa agir de acordo com a lei do referendo”, afirmou.

A lei do referendo, declarada ilegal pela justiça espanhola, prevê uma declaração unilateral de independência pelo Parlamento regional da Catalunha se a maioria votar para deixar a Espanha. Os resultados preliminares apontam que uma esmagadora maioria votou pela independência catalã.

A votação foi proibida pelo Tribunal Constitucional espanhol e declarada ilegal por Madri. A polícia espanhola tentou parar o pleito, utilizando da força em algumas ocasiões. De acordo com as autoridades catalãs, ao menos 884 pessoas e 33 policiais ficaram feridos.

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Desde o momento de abertura das seções, a polícia e unidades anti-motins da Guarda Civil intervieram para apreender as urnas nas seções de votação em Barcelona e Girona, cidade de Puigdemont. Em diversos locais, policiais com capacetes forçaram as portas das seções diante de militantes que entoavam cânticos separatistas.

Resposta de Madri

Durante pronunciamento no Palácio de La Moncloa, em Madri, transmitido pela televisão, o premiê espanhol, Mariano Rajoy, afirmou que “o Estado de direito mantém sua fortaleza e sua vigência”. “Hoje não houve um referendo de autodeterminação na Catalunha”, disse, enquanto a apuração se iniciava em alguns locais da região.

Para ele, as forças de segurança, criticadas pela violência ao reprimir a realização da consulta, “cumpriram com sua obrigação e com o mandado que tinham da Justiça” na Catalunha, que havia proibido o referendo de autodeterminação.

(Com Reuters e AFP)

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