O chefe da diplomacia norte-americana, Mike Pompeo, chegou a Pyongyang nesta quarta-feira, para preparar uma cúpula que discutirá o tema nuclear. Pompeo foi enviado em uma visita não anunciada – sua segunda em semanas, mas a primeira como secretário de Estado – para lançar as bases de um encontro sem precedentes entre Donald Trump e Kim Jong Un.
Sua visita também acontece em meio a rumores sobre o destino de três cidadãos americanos detidos no norte do país, com sugestões de que possam ter sido movidos em preparação para sua soltura. Presos anteriores foram libertados aos cuidados de visitantes norte-americanos de alto nível.
Um funcionário do gabinete presidencial do Sul pediu que a Coreia do Norte liberte os três norte-americanos, segundo a agência de notícias Yonhap. “Esperamos que ele traga (…) os cativos”, disse o funcionário sul-coreano sobre os professores Kim Hak-Song e Kim Sang-Duk, e o empresário Kim Dong-Chul.
O itinerário de Pompeo – incluindo quem ele encontrará em Pyongyang – não é claro. Trump, que repetidamente ameaçou atacar a Coreia do Norte, agora parece privilegiar a diplomacia. “Nós achamos que as relações estão crescendo com a Coreia do Norte. Vamos ver como tudo prosseguirá. Pode ser uma coisa boa para a Coreia do Norte, para a Coreia do Sul e o mundo todo”, disse Trump em um discurso televisionado.
Depois de anos de tensões e sanções cada vez mais rigorosas sobre os programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, o diálogo com a península rapidamente acelerou. Na terça-feira, Kim encontrou-se com o presidente chinês Xi Jinping na China – pela segunda vez em seis semanas – destacando os esforços dos aliados da época da Guerra Fria para reatar os laços desgastados.
Pequim faz questão de evitar ser deixado de fora nas manobras diplomáticas que levaram ao encontro histórico de Kim, no mês passado, com o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e de seu esperado encontro com Trump. A visita de Pompeo também ocorre em uma reunião tripartite das principais potências do Leste Asiático, em Tóquio, com Japão, Coreia do Sul e China em busca de um acordo mínimo em eventos recentes.