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Chefe da diplomacia da UE condena ‘privatização’ da distribuição de ajuda humanitária em Gaza

Sistema começou a operar na terça-feira na região, liderado por uma organização privada patrocinada pelos Estados Unidos e por Israel

Por Sara Salbert Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 Maio 2025, 15h35

A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, condenou nesta quarta-feira, 28, os ataques de Israel contra a Faixa de Gaza e criticou o sistema de distribuição de ajuda humanitária que começou a operar na terça-feira na região, liderado por uma organização privada patrocinada pelos Estados Unidos e por Israel.

“Não apoiamos a privatização da distribuição de ajuda humanitária. A ajuda humanitária não pode ser usada como arma”, disse Kallas.

Na terça-feira, houve tumulto e troca de acusações em meio à distribuição de ajuda humanitária, após tropas israelenses abrirem fogo onde uma multidão estava. Segundo autoridades de saúde palestinas, ao menos uma pessoa morreu e outras 48 ficaram feridas — a maioria por disparos, conforme confirmou o Escritório de Direitos Humanos da ONU nos Territórios Palestinos.

A UE é um dos maiores doadores de ajuda humanitária a Gaza, mas Kallas disse que a maior parte da ajuda enviada ainda não conseguiu chegar aos palestinos. Israel impôs um bloqueio total a Gaza em março e só permitiu a entrada limitada de ajuda após 11 semanas.

“A maior parte da ajuda a Gaza é fornecida pela UE, mas não está chegando ao povo, pois é bloqueada por Israel”, disse ela. “O sofrimento das pessoas é insustentável.”

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A chanceler a UE também afirmou que os bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza estão indo além do necessário para lutar contra o Hamas. 

A presidente da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, por sua vez, descreveu os recentes ataques israelenses à infraestrutura civil de Gaza como “abomináveis” e “desproporcionais”.

A declaração de Kallas ocorre um dia após a Alemanha, uma forte aliada de Israel, subir o tom e ameaçar aplicar medidas devido à campanha militar na Faixa de Gaza. O chanceler alemão, Friedrich Merz, afirmou que a luta contra o grupo radical Hamas já não justifica a guerra no enclave palestino, iniciada em outubro de 2023.

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“Atingir a população civil tão extensamente, como tem acontecido cada vez mais nos últimos dias, não pode mais ser justificado como uma luta contra o terrorismo do Hamas”, argumentou Merz em entrevista à WDR. “Não entendo mais o que o Exército israelense está fazendo na Faixa de Gaza, com que objetivo a população civil está sendo impactada dessa forma.”

Na semana passada, a UE anunciou que revisará os laços comerciais com Israel devido à crise humanitária palestina. Kallas afirmou que a Comissão Europeia, braço executivo da UE, reavaliará o Acordo de Associação UE-Israel, que regula as relações políticas e econômicas entre os dois lados através do livre comércio. A decisão, segundo ela, foi aprovada por uma “forte maioria” dos ministros dos 27 países membros.

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