O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou nesta quinta-feira, 28, que a guerra na Ucrânia ainda pode durar meses ou anos, e que o grupo permanece unido para apoiar o país contra a invasão da Rússia.
“Continuaremos a pressionar ao máximo o presidente (Vladimir) Putin para acabar com a guerra ao impor sanções, fornecer apoio econômico, mas também militar à Ucrânia, e precisamos estar preparados para o longo prazo”, disse Stoltenberg.
Segundo o secretário-geral, “é uma situação muito imprevisível e frágil na Ucrânia” e “há absolutamente a possibilidade de que esta guerra se arraste e dure meses e anos”.
No começo do mês, em tom similar, o chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, o general Mark Milley, já havia afirmado que a guerra poderia seguir “durante anos”.
Durante fala nesta quinta-feira, Stoltenberg também afirmou que aliados da Otan estão se preparando para ajudar as tropas ucranianas. Países como Estados Unidos, Holanda, França e Alemanha anunciaram recentemente que fornecerão armas e tanques para a Ucrânia.
Na quarta-feira, 27, a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que apoiará os militares ucranianos fornecendo “treinamento e manutenção”. O governo alemão também irá fornecer tanques antiaéreos para a Ucrânia, enquanto tenta driblar críticas de que estava mantendo uma postura cautelosa em relação à guerra.
“Fornecemos armas antitanque, Stingers e muitas outras armas sobre as quais não falamos em público”, disse a ministra das Relações Exteriores, que afirmou que não divulgaria todas as armas enviadas.
A secretária de Relações Exteriores britânica, Liz Truss, também pediu apoio ao Reino Unido para enviar aviões de guerra e outras armas para território ucraniano.
“Nossas sanções já viram a Rússia enfrentar seu primeiro default da dívida externa em um século. Precisamos ir mais longe”, disse Truss.