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Chefe de segurança da fronteira dos EUA pede demissão

John Sanders divergia da política migratória rígida de Trump e queria expandir os alojamentos para mães adolescentes detidas na fronteira

Por Da Redação
Atualizado em 30 jul 2020, 19h44 - Publicado em 25 jun 2019, 16h38
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  • A controversa polícia imigratória do governo de Donald Trump provocou mais uma baixa. John Sanders deixará o cargo de comissário da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) no próximo mês, de acordo com autoridades do Departamento de Segurança Interna (DHS).

    Sua renúncia como chefe de segurança da fronteira americana entra para a lista das muitas mudanças no alto escalão do DHS decorrentes da crise na fronteira entre o México e os Estados Unidos, provocada pela maior onda migratória da última década.

    A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos é a principal organização de controle de fronteiras americanas, sendo a maior agência federal sob os cuidados do Departamento de Segurança Interna. Ela é responsável por regular e controlar o comércio internacional, coletar impostos sobre importações, fazer cumprir e fazer cumprir as leis alfandegarias e migratórias americanas

    Nas últimas semanas, o comissário vinha insistindo em seus planos de expandir os alojamentos da Patrulha de Fronteira para acomodar o crescente número de mães adolescentes que chegam ao país com bebês. Ele alegava que as instalações, de responsabilidade do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, não têm quartos adequados para instalá-las.

    “Como alguns de vocês sabem, ofereci minha renúncia ao secretário (de Segurança Interna) Kevin McAleenan, com efeito para sexta-feira, 5 de julho”, teria escrito Sanders em uma mensagem para sua equipe.

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    “Apesar de deixar para seu julgamento se fui bem sucedido no cargo, posso dizer sem hesitação que ajudar os maravilhosos homens e mulheres da CBP tem sido a oportunidade mais enriquecedora e satisfatória da minha carreira.”

    Os planos de demissão do funcionário federal foram relatados em primeira mão pelo jornal americano The New York Times. Executivo na área da tecnologia, Sanders era conhecido por agir discretamente e de forma apartidária na CBP. Antes de assumir a liderança da agência, ele trabalhava para Kevin McAleenan como seu chefe de operações.

     

    Autoridades da CBP não confirmaram publicamente a saída de Sanders. Um funcionário do DHS, em condição de anonimato, afirmou que a mudança não tem relação com as últimas controvérsias a respeito do tratamento dado a menores de idade sob custódia da guarda de fronteira americana.

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    Sanders havia sido nomeado como comissário da CBP havia apenas dois meses. Ele fora designado para o cargo depois que a então secretária do Departamento de Segurança Interna, Kirstjen Nielsen, pediu demissão para o presidente Donald Trump.

    Nielsen foi responsável por liderar algumas das políticas mais polêmicas da administração Trump, como aumentar as forças de segurança na fronteira, a separação das famílias de migrantes sem documentos e os esforços para construir um muro na fronteira com o México.

    Apesar disso, em diversas ocasiões, o presidente a criticou por não ser suficientemente agressiva em seus esforços para deter os refugiados. Agora, com McAleenan, o republicano enrijeceu a vigilância na fronteira com a ajuda do governo mexicano.

     

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