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Chefe do Hamas vai ao Cairo para discutir proposta de cessar-fogo

Ismail Haniyeh faz sua primeira viagem pública em mais de um mês; trégua em discussão é a iniciativa de paz mais séria apresentada desde novembro

Por Da Redação
Atualizado em 7 Maio 2024, 16h00 - Publicado em 31 jan 2024, 09h14
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  • O chefe do braço político do Hamas, Ismail Haniyeh, viajou ao Cairo, capital do Egito, nesta quarta-feira, 31, para negociações com autoridades egípcias a respeito de um novo cessar-fogo na Faixa de Gaza. Um alto funcionário do grupo terrorista palestino disse à agência de notícias Reuters que existe uma nova proposta de trégua em jogo, envolvendo a libertação de reféns israelenses, apresentada por mediadores após conversas com Israel.

    A proposta de cessar-fogo surgiu de uma reunião, em Paris, envolvendo chefes de inteligência de Israel, dos Estados Unidos e do Egito, com o primeiro-ministro do Catar. A primeira viagem pública de Haniyeh ao território egípcio, onde correm parte das negociações, em mais de um mês foi encarada como um sinal da seriedade das negociações.

    Contornos da trégua

    O cessar-fogo, desta vez, supostamente envolveria uma trégua em três fases, durante a qual o Hamas libertaria primeiro os civis restantes entre os reféns capturados em 7 de outubro, depois os soldados e, finalmente, os corpos dos cativos que foram mortos. Estima-se que haja 135 reféns ainda em Gaza, mas nem todos estão vivos.

    Esta parece ser a iniciativa de paz mais séria desde uma breve trégua no final de novembro, que durou uma semana e frutificou com o resgate de 105 reféns, a libertação de centenas de palestinos detidos em prisões de Israel e a entrada de vital ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

    Pressão sobre Israel

    A proposta ocorre em um momento em que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sofre pressão dos Estados Unidos para traçar um caminho para o fim da guerra. Em paralelo, familiares de reféns também pressionam o premiê a nível interno, pois temem que as negociações sejam a única forma de trazer seus parentes de volta para casa.

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    No entanto, os partidos de extrema-direita da sua coalizão governamental afirmaram que preferem desistir totalmente de um cessar-fogo ao invés de apoiar um acordo para libertar reféns que deixe o Hamas intacto.

    Na terça-feira 30, Netanyahu repetiu a promessa de não retirar os soldados de Gaza até à “vitória total”.

    Crise humanitária aumenta

    Tedros Adhanom Ghebreyesus, chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que o hospital Nasser, no sul de Gaza, está apenas “funcionando minimamente” e enfrentando escassez de recursos importantes. Maior centro de saúde remanescente no enclave, o hospital fica na cidade de Khan Younis, sob ataque contínuo das forças israelenses.

    Embora a OMS diga que conseguiu entregar alguns suprimentos médicos na segunda-feira 29, continua a haver escassez de “médicos especializados”, “medicamentos, oxigénio, alimentos, combustível” e “formas de eliminação de resíduos sólidos”, disse Tedros. Além disso, segundo ele, esforços para entregar comida ao hospital precisaram ser adiados adiados.

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