Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Chefes do exército são traidores, diz líder da milícia russa Wagner

Expondo rixas internas no Kremlin, Yevgeny Prigozhin afirmou que Moscou se recusa a fornecer suprimentos aos seus mercenários na Ucrânia

Por Da Redação
Atualizado em 22 fev 2023, 12h06 - Publicado em 22 fev 2023, 12h05

Yevgeny Prigozhin, chefe do grupo mercenário russo Wagner, disse nesta terça-feira 21 que os chefes do exército de Moscou estão se recusando a fornecer munições aos seus combatentes para tentar destruir a organização, acusando-os de “traição”. O recado representa um acirramento das divisões entre altos funcionários do governo e o exército privado do presidente Vladimir Putin.

A milícia de Prigozhin, que recrutou mercenários em prisões em toda a Rússia para reforçar suas unidades, teve um papel fundamental na captura da cidade de Soledar, no leste da Ucrânia, e no atual cerco à vizinha Bakhmut. Embora o Kremlin negue qualquer embate, as tensões entre o grupo Wagner e o exército russo parecem mais altas que nunca.

+ Após Biden visitar Kiev, Putin se encontra com principal diplomata chinês

“O chefe do Estado-Maior [de Moscou] e o ministro da Defesa dão ordens a torto e a direito não apenas para não dar munição à companhia militar privada Wagner, mas também para não ajudá-la com o transporte aéreo”, disse Prigozhin em uma mensagem de voz compartilhada por seu serviço de imprensa na terça-feira. Ele também acusou o alto comando militar de ter proibido a entrega de pás para seus mercenários cavarem trincheiras.

“Existe uma oposição direta, uma tentativa de destruir a Wagner. Isso pode ser equiparado a alta traição”, acrescentou.

+ Biden rebate Putin e diz que ‘EUA e Europa não querem destruir Rússia’

Anteriormente, Prigozhin já havia criticado o exército regular da Rússia na Ucrânia, apontando para sua “burocracia monstruosa” como motivo dos reveses militares de Moscou. Ele também acusou o exército russo de tentar “roubar” as vitórias do grupo mercenário.

O Ministério da Defesa da Rússia negou limitar o envio de munição a voluntários no front, mas não mencionou o grupo Wagner ou as acusações de Prigozhin.

“Todos os pedidos de munição para unidades de assalto são atendidos o mais rápido possível”, insistiu, prometendo novas entregas no sábado, 25, e denunciando como “absolutamente falsos” os relatos de escassez.

+ ‘Um ano depois, guerra é fracasso estratégico da Rússia’, dizem EUA

“As tentativas de criar uma divisão dentro do estreito mecanismo de interação e apoio entre as unidades dos combatentes russos são contraproducentes e funcionam apenas para o benefício do inimigo”, disse a pasta em comunicado.

Continua após a publicidade

Prigozhin assumiu um papel mais público desde o início da guerra. O grupo Wagner ainda lidera a batalha por Bakhmut, mas suas relações com Moscou estão claramente se deteriorando. Neste ano, o chefe da milícia perdeu o direito de recrutar prisioneiros, e houve alguns sinais de que o Kremlin está tentando conter sua influência.

+ A misteriosa ‘milícia’ russa que ganhou fama em meio à guerra na Ucrânia

Em um discurso na terça-feira, Putin pareceu abordar a luta interna.

“Devemos nos livrar de quaisquer contradições interdepartamentais, formalidades, rancores, mal-entendidos e outras bobagens”, disse ele à elite política e militar da Rússia.

Já Prigozhin disse que ocupado demais para assistir ao discurso e, portanto, não poderia tecer comentários sobre as falas do presidente.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.