Chile: Piñera condena violência policial em protestos pela primeira vez
Presidente declarou que "não haverá impunidade, nem com os que fizeram atos de violência inusitada, nem com aqueles que cometeram atropelos e abusos"
O presidente do Chile, Sebastián Piñera, condenou pela primeira vez, neste domingo 17, os abusos cometidos pela Polícia nas manifestações multitudinárias que sacodem o país há um mês e saudou a oportunidade de redigir uma nova Constituição, agora na democracia.
“Houve uso excessivo da força, foram cometidos abusos ou delitos e não se respeitaram os direitos de todos”, reconheceu o presidente em pronunciamento à Nação, na véspera de se completar um mês da crise que deixou 22 mortos e milhares de feridos.
Piñera, que prestou condolências às famílias das vítimas, prometeu que “não haverá impunidade, nem com os que fizeram atos de violência inusitada, nem com aqueles que cometeram atropelos e abusos. Faremos o melhor para assistir as vítimas”.
Em seu pronunciamento o presidente também comemorou o acordo alcançado com o Congresso para convocar um plebiscito para redigir uma nova Constituição que irá substituir a vigente desde a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).
“Se a cidadania assim o decidir, avançaremos para uma nova Constituição, a primeira na democracia”, afirmou o presidente em discurso do palácio presidencial.
(Com AFP)