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China condena à morte 11 membros de máfia ligada a fraudes e assassinatos

Tribunal em Wenzhou sentenciou 39 integrantes da família Ming, acusados de comandar centros de golpes e cassinos ilegais em Mianmar

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 set 2025, 15h18

Um tribunal da China condenou onze pessoas à morte por participação em um grupo criminoso acusado de administrar operações fraudulentas e cassinos ilegais em Mianmar. No total, 39 integrantes do clã Ming foram sentenciados nesta segunda-feira, 29, na cidade de Wenzhou, no leste do país. Cinco deles receberam pena de morte suspensa por dois anos — geralmente convertida em prisão perpétua —, outros onze foram condenados à prisão perpétua e os demais a penas que variam de cinco a vinte e quatro anos.

Segundo a Justiça chinesa, desde 2015 a família Ming integrou uma rede criminosa responsável por fraudes em telecomunicações, cassinos clandestinos, tráfico de drogas e prostituição, movimentando mais de dez bilhões de yuans (cerca de R$ 7,6 bilhões). No auge, a cidade de Laukkaing, no Estado de Shan, próxima à fronteira com a China, foi transformada em polo de jogos, drogas e golpes digitais, abrigando ao menos dez mil trabalhadores em condições abusivas. O complexo mais temido era conhecido como “Vila do Tigre Agachado”, onde vítimas eram submetidas a tortura e espancamentos.

O tribunal também responsabilizou o grupo pela morte de 14 pessoas, entre elas dez trabalhadores que tentaram escapar ou desobedecer às ordens. Em outubro de 2023, homens armados ligados ao clã teriam aberto fogo contra funcionários de um desses centros para impedir que retornassem à China.

Essas estruturas faziam parte de uma indústria de fraudes cibernéticas que, segundo a ONU, já movimenta cerca de US$ 40 bilhões (R$ 203 bilhões) por ano no sudeste asiático. A prática envolve o aliciamento e tráfico de mais de cem mil pessoas, em sua maioria chineses, forçadas a aplicar golpes digitais, de investimentos fictícios a romances fraudulentos, contra vítimas no mundo todo.

A repressão às famílias mafiosas em Mianmar ganhou força em 2023, quando insurgentes expulsaram militares birmaneses da região e entregaram criminosos às autoridades chinesas. O patriarca do clã, Ming Xuechang, teria se suicidado, enquanto outros membros confessaram os crimes. Desde então, milhares de trabalhadores foram repatriados para a China em operações conjuntas com Mianmar e Tailândia.

Com as sentenças, Pequim sinaliza sua disposição de punir severamente o crime organizado na fronteira. A pressão chinesa também levou a Tailândia a desmantelar centros de golpes em sua divisa com Mianmar, libertando mais de sete mil trabalhadores no início deste ano. Mesmo assim, os esquemas continuam ativos e têm migrado para países vizinhos como o Camboja.

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