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China deve manter comunicações abertas para evitar conflito, dizem EUA

Secretário de Estado americano, Antony Blinken, telefonou para chanceler chinês antes de visita a Pequim para tentar dissipar tensões

Por Da Redação
Atualizado em 14 jun 2023, 09h49 - Publicado em 14 jun 2023, 09h25

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, conversou com o ministro das Relações Exteriores da China por telefone nesta quarta-feira, 14, às vésperas de sua visita a Pequim para tentar melhorar as tensas relações entre as potências.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, disse em comunicado que o principal diplomata do governo Joe Biden discutiu com Qin Gang “a importância de manter linhas de comunicação abertas”, para gerenciar com responsabilidade as relações entre Estados Unidos e China para “evitar erros de cálculo e conflitos”.

Blinken também abordou uma série de questões bilaterais e globais e deixou claro que “os Estados Unidos continuarão a usar compromissos diplomáticos para levantar áreas de preocupação, bem como áreas de potencial cooperação”, segundo o comunicado.

Para a China, contudo, o telefonema foi menos positivo. Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores chinês ressaltou a profunda desconfiança que persiste entre Pequim e Washington.

Qin disse a Blinken que os Estados Unidos deveriam “mostrar respeito” pelas principais preocupações da China, como a questão de Taiwan. Os americanos apoiam o governo democrático da ilha, enquanto o Partido Comunista Chinês a enxerga como parte de seu território.

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O chanceler chinês também pediu ao governo americano para “parar de interferir nos assuntos internos da China” e “minar a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento da China em nome da concorrência”, de acordo com o comunicado.

Além disso, Qin disse esperar que os Washington possa encontrar um meio termo com Pequim. Ele pediu para os americanos se esforçarem para administrar efetivamente suas diferenças e promover comunicação e cooperação para estabilizar as relações bilaterais, trazendo os laços entre as potências “de volta ao caminho do desenvolvimento saudável e estável”.

Blinken deve ir a Pequim nas próximas semanas, segundo a mídia americana, embora a visita não tenha sido confirmada pelos órgãos oficiais americanos. A viagem ocorre após uma onda de reuniões entre altos funcionários dos Estados Unidos e da China desde o mês passado, e do anúncio de Biden sobre um “descongelamento” de curto prazo nas relações com o governo chinês.

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O principal diplomata americano tinha uma viagem para a China marcada para fevereiro, que foi adiada indefinidamente por causa de um suposto balão espião chinês que sobrevoou o espaço aéreo dos Estados Unidos, antes de ser abatido.

Desde então, as relações já tensas entre os dois países se deterioraram, com atritos envolvendo Taiwan, encontros militares no Mar da China Meridional e restrições à exportação de semicondutores chineses.

Além de reivindicar o território de Taiwan, o Partido Comunista diz que possui jurisdição histórica sobre quase todo o vasto Mar da China Meridional, onde construiu ilhas artificiais fortificadas com mísseis, pistas de voo e sistemas de armas.

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Em crítica velada durante o telefonema com Blinken, Qin culpou os Estados Unidos pelo aumento das tensões nos últimos meses.

“Desde o início deste ano, as relações China-Estados Unidos encontraram novas dificuldades e desafios, e a responsabilidade é clara”, disse o chanceler, acrescentando que seu país age de acordo com os princípios de “respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha”.

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