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China sabia das intenções da Rússia na Ucrânia e pediu para adiar invasão

Segundo The New York Times, funcionários chineses solicitaram que ataque ocorresse depois de Olimpíadas de Inverno

Por Ricardo Ferraz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 mar 2022, 22h16

Um relatório de inteligência produzido por países do ocidente informa que altos funcionários do governo chinês pediram a integrantes do alto comissariado da Rússia que não invadissem a Ucrânia antes do término dos Jogos Olímpicos de Inverno, que ocorreram em fevereiro, em Pequim. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times, que cita como fontes integrantes do governo Biden e um funcionário de um país europeu, sem detalhar qual. 

O documento indica ainda que o governo da China tinha algum conhecimento sobre os planos de Vladimir Putin. O presidente russo e o chinês, Xi Jinping, se encontraram na abertura das Olimpíadas de inverno, no dia 4 de fevereiro, que ganhou ares de cúpula internacional. A invasão à Ucrânia ocorreu em 21 do mês passado, um dia depois do encerramento do evento. Segundo o jornal americano, no entanto, os funcionários que receberam o relatório têm interpretações diferentes ao considerar se os dois mandatários trataram da guerra.

As duas nações celebraram um pacto que potencializa o centro gravitacional de poder da Ásia. No campo comercial, o acordo garante o fornecimento de gás e petróleo para a China nas próximas décadas, ao mesmo tempo em que opera como tábua de salvação econômica para a Rússia, diante das sanções internacionais impostas pelo ocidente.

Já na esfera geopolítica, os signatários se comprometem a apoiar-se mutuamente em disputas regionais que chamaram de “questões internas”. Leia-se: Pequim condenou a expansão da Otan, calcada em uma “abordagem ideologizada da Guerra Fria”, enquanto Moscou reconheceu que Taiwan –  cujo status é delicado – faz parte dos domínios da China. 

Oficialmente, o governo comunista vem mantendo uma postura de certa neutralidade no conflito. Defende uma saída negociada, mas evita chamar a presença militar de sua aliada na Ucrânia de invasão. A China se absteve de uma resolução condenando a Rússia nas Nações Unidas e se opôs às sanções apresentadas contra Moscou, por considerar que elas “não ajudam a resolver problemas, mas criam novos”.

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Após o aumento da pressão internacional, o ministro de relações exteriores chinês ligou, na última terça-feira, para o chanceler ucraniano e expressou preocupação quanto à vida dos civis. Não houve, no entanto, qualquer condenação às ações ordenadas por Putin.

As críticas do corpo diplomático chinês, no entanto, não poupam os Estados Unidos. Recentemente, a porta-voz da chancelaria recuperou um episódio de 20 anos atrás, quando um ataque da Otan destruiu a embaixada chinesa em Belgrado, na Sérvia, em circunstâncias nunca totalmente esclarecidas – oficialmente foi um erro de planejamento.

 

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