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China tem dúvidas sobre capacidade de invadir Taiwan, diz diretor da CIA

Apesar disso, William Burns ressaltou que EUA devem levar a sério desejo de Pequim de controlar ilha

Por Redação 27 fev 2023, 16h11

Análises da inteligência dos Estados Unidos apontam que o presidente da China, Xi Jinping, instruiu os militares de seu país a “estarem prontos até 2027” para invadir Taiwan. Ainda assim, William Burns, diretor da CIA, a agência de inteligência americana, afirma que Xi tem dúvidas se realmente tem capacidade de dominar a ilha.

Em uma entrevista à TV americana no último domingo, 26, Burns afirmou que os EUA devem levar muito a sério o desejo chinês de controlar Taiwan. Mesmo assim, comentou que o conflito na região não é inevitável.

“Sabemos, como foi tornado público, que o presidente Xi instruiu a liderança militar chinesa a estar pronta em 2027 para invadir Taiwan, mas isso não significa que ele decidiu invadir em 2027 ou em qualquer outro ano”, disse Burns. “Acho que pelo menos nosso julgamento é que o presidente Xi e sua liderança militar têm dúvidas hoje sobre se eles poderiam realizar essa invasão.”

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Grande parte dessa dúvida se daria pela situação de Vladimir Putin na guerra na Ucrânia, segundo o diretor, já que o apoio que os EUA e os demais países ocidentais pode estar agindo como um impedimento para Xi até o momento. Porém, segundo Burns, o risco de um ataque chinês a Taiwan vai apenas aumentar.

“Acho que, ao analisarem a experiência de Putin na Ucrânia, isso provavelmente reforçou algumas dessas dúvidas”, acrescentou o diretor da CIA. “Então, tudo o que eu diria é que acho que os riscos de um uso potencial da força provavelmente aumentam nesta década e além dela, na década seguinte também. Então é claramente algo que observamos com muito, muito cuidado”.

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Em outubro passado, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse que o governo da China está seguindo seus planos de anexar Taiwan em um “cronograma muito mais rápido” sob o comando de Xi Jinping. Em suposta resposta a uma visita da presidente da Câmara dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taipei, o exército chinês realizou grandes exercícios militares ao redor da ilha principal de Taiwan em agosto e, desde então, aumentou significativamente as travessias militares sobre a linha mediana.

Embora Pequim tenha deixado claro que pretende tomar Taiwan, o cronograma para esse cenário varia muito. Figuras militares de alto escalão dos Estados Unidos e de Taiwan alertaram que isso pode ocorrer dentro de alguns anos, enquanto analistas apontam para o objetivo de Xi de rejuvenescimento nacional até 2049 – o centenário da República Popular da China – como um prazo potencial.

Localizada a menos de 177 quilômetros da costa da China, a ilha é o lar de 23 milhões de pessoas. Apesar de ser governada separadamente de Pequim mais de 70 anos, o Partido Comunista da China reivindica o poder sobre a ilha.

No vigésimo congresso do Partido Comunista, em outubro, o líder chinês, Xi Jinping, condenou o crescente apoio dos Estados Unidos a Taiwan, culpando a “interferência estrangeira” por exacerbar as tensões. Um mês depois, afirmou que o país vive um momento de “instabilidade e incerteza” e pediu que o Exército  se prepare para a guerra.

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