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China vê “sinais incipientes de terrorismo” nos protestos de Hong Kong

Pequim aumenta o tom das ameaças diante da insistência dos manifestantes em desafiar o continente

Por Da Redação
Atualizado em 12 ago 2019, 19h46 - Publicado em 12 ago 2019, 19h46
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  • O governo chinês afirmou nesta segunda-feira, 12, que há “sinais incipientes de terrorismo” em casos de violência registrados nas manifestações populares pró-democracia em Hong Kong. A declaração surge como uma ameaça de interferência militar direta de em Pequim, que não tem visto resultados na repressão imposta pelo governo da ilha.

    “Os manifestantes radicais de Hong Kong recorreram em diversas ocasiões a objetos extremamente perigosos para atacar os policiais, o que constitui um crime grave e revela sinais incipientes de terrorismo”, afirmou o porta-voz do Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau, Yang Guang.

    Yang, que na semana passada afirmou que “quem brinca com fogo morre queimado”, declarou desta vez que uma “minoria minúscula” representa um “grave desafio à prosperidade à estabilidade de Hong Kong”. Ele denunciou que manifestantes lançaram bombas incendiárias contra a polícia.

    Suas declarações surgiram após o décimo fim semana consecutivo de manifestações na ex-colônia britânica, onde milhares de pessoas desafiam a polícia nas ruas e muitos enfrentam os agentes com diversos objetos, enquanto as forças de segurança respondem com gás lacrimogêneo. Os manifestantes pedem a total eliminação do projeto de lei que permitiria a extradição de dissidentes para julgamento em Pequim. O projeto está suspenso.

    Há quatro dias, manifestantes ocupam o aeroporto de Hong Kong e, como consequência, quase todos os vôos foram cancelados nesta segunda-feira, 12.

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    A violência irrompeu na ilha nas últimas semanas com constantes confronto de manifestantes, policiais e grupos de civis pró-China.

    Os protestos tiveram início com a proposta de um projeto de lei de extradição que foi arquivado após a pressão dos manifestantes, porém, a retirada da pauta não foi o suficiente para cessar a indignação pública cada vez mais crescente. Uma das demandas principais ainda não foi atendida: a renúncia da chefe do Executivo pró-Pequim de Hong Kong, Carrie Lam.

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