Relâmpago: Digital Completo a partir R$ 5,99

China volta a classificar protestos em Hong Kong como “terrorista”

EUA expressam preocupação com movimentação de 'forças paramilitares' para a fronteira e pedem o respeito de Pequim à autonomia da ilha

Por Da Redação
14 ago 2019, 17h31

O governo da China criticou nesta quarta-feira, 14, as agressões “de tipo terrorista” contra cidadãos do continente em Hong Kong durante os confrontos no aeroporto internacional ocorridos terça-feira 13. As atividades no local e os vôos retomaram o ritmo normal nesta quarta-feira.

“Condenamos com veemência atos de tipo terrorista”, afirmou em comunicado Xu Luying, porta-voz do Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau do governo chinês.

Alguns manifestantes agrediram na véspera dois cidadãos da China continental durante o massivo protesto no aeroporto de Hong Kong, que suspendera os voos nos últimos dois dias. Em protestos pela 11º semana, os manifestantes querem a eliminação do projeto de lei que permite a extradição de cidadãos de Hong Kong para julgamento no continente e pedem a renúncia da governadora da ilha, Carrie Lam.

Com as novas acusações, Pequim qualifica as ações dos manifestantes pró-democracia ao “terrorismo” pela segunda vez em uma semana. O tom mais duro provoca o temor de uma repressão militar para sufocar o movimento na ilha. O Escritório de Assuntos de Hong Kong e Macau afirmara na segunda-feira que os ataques de “manifestantes radicais” contra policiais representavam um “grave crime”, com mostras dos “primeiros sinais de terrorismo”.

Paramilitares

Nesta quarta, o Departamento de Estado americano afirmou que os Estados Unidos estão preocupados com “o envio de forças paramilitares” chinesas à fronteira com Hong Kong e querem que Pequim honre a autonomia da cidade. O Diário do Povo e o Global Times, dois jornais estatais chineses, divulgaram imagens de blindados transportando tropas a caminho de Shenzhen, a poucos quilômetros de Hong Kong, no sul da China.

Continua após a publicidade

O governo americano reiterou seu apelo para que todos os lados evitem a violência e disse ser importante o governo de Hong Kong respeitar “as liberdades de expressão e de reunião pacífica”.

“Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com relatos de movimentação paramilitar chinesa ao longo da fronteira de Hong Kong”, disse o porta-voz do departamento de Estado. “Os Estados Unidos fazem um apelo a Pequim com força a aderir aos seus compromissos de permitir que Hong Kong exercite um alto grau de autonomia”.

“Repudiamos a violência e pedimos que todos os lados mostrem comedimento, mas continuamos firmes em nosso apoio à liberdade de expressão e à liberdade de reunião pacífica em Hong Kong”, disse o porta-voz. “A erosão contínua da autonomia de Hong Kong põe em risco seu status especial longamente estabelecido nas relações exteriores”.

(Com Reuters e AFP)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.