Ciclone pode ter deixado mais de mil mortos em Moçambique, diz presidente
Malawi e Zimbábue também foram atingidos pela passagem do Idai; até o momento foram contabilizadas cerca de 300 mortes
O número de pessoas mortas pelas fortes tempestades causadas pelo ciclone Idai, em Moçambique, pode superar 1.000 pessoas, disse o presidente do país nesta segunda-feira, colocando o possível total de vítimas fatais muito acima dos dados atuais.
Até o momento foram confirmadas cerca de 300 mortes em Moçambique como resultado do ciclone, que também deixou um rastro de morte e destruição no Zimbábue e em Malawi, com vastas áreas de terra inundadas, estradas destruídas e comunicação danificada.
Em entrevista à Rádio Moçambique, o presidente Filipe Nyusi disse que sobrevoou a região afetada, onde dois rios transbordaram. As aldeias desapareceram, afirmou, e corpos boiavam na água.
“Tudo indica que podemos registrar mais de mil mortes”, afirmou.
A cidade portuária moçambicana de Beira sofreu grandes danos, informou a Cruz Vermelha. “A escala da devastação (em Beira) é enorme. Parece que 90 por cento da área está completamente destruída”, disse Jamie LeSueur, líder da Federação Internacional das Sociedades da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho (IFRC) no local.
O ciclone também matou 89 pessoas no Zimbábue, segundo uma autoridade do Ministério da Informação, enquanto o número de vítimas fatais no Malawi decorrentes de enchentes era de 56 até a semana passada. Não foram divulgados novos números de vítimas no país após a chegada do ciclone.
No Zimbábue, o distrito de Chimanimani ficou isolado do resto do país devido a chuvas torrenciais e ventos de até 170 quilômetros por hora que varreram estradas, casas e pontes e derrubaram linhas de energia e comunicação.
(Com Reuters)