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Cidade dos EUA vai pagar R$ 63 mi à família de mulher morta pela polícia

Técnica em emergências médicas Breonna Taylor, de 26 anos, foi morta a tiros pela polícia em uma batida mal sucedida em seu apartamento em março

Por Da Redação Atualizado em 15 set 2020, 19h48 - Publicado em 15 set 2020, 18h50
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  • A cidade de Louisville, no estado americano de Kentucky, vai pagar 12 milhões de dólares, o equivalente a cerca de 63 milhões de reais, à família de Breonna Taylor, uma mulher negra morta a tiros pela polícia em uma batida mal sucedida em seu apartamento em março. O acordo, anunciado pelo prefeito Greg Fischer nesta terça-feira, 15, é possivelmente um dos maiores já feitos para ações do tipo no país, onde departamentos policiais são frequentemente blindados.

    O acordo não admite explicitamente qualquer ato irregular por parte da cidade, mas será acompanhado por reformas no Departamento de Polícia local, incluindo a exigência para que comandantes aprovem mandados de busca antes que sejam apresentados a um juiz, segundo Fischer.

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    Como parte do acordo assinado nesta terça-feira, Fischer disse que policiais de Louisville receberão ofertas de crédito habitacional para se mudarem para algumas das partes mais pobres da cidade na esperança de melhorar os laços com a comunidade. Eles também serão incentivados a se voluntariar regularmente para organizações comunitárias e enfrentarão um aumento nos testes aleatórios para o uso de drogas.

    “Sinto profundamente, profundamente pela morte de Breonna”, disse Fischer em entrevista coletiva após o acordo. “Meu governo não irá esperar para avançar com reformas necessárias para evitar que uma tragédia como essa jamais aconteça novamente”. 

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    A morte de Breonna, junto a de George Floyd, homem negro morto em maio quando um policial ajoelhou sobre seu pescoço, deram força a alguns dos maiores protestos contra o racismo e a violência policial na história dos Estados Unidos

    O prefeito se reuniu com a família de Breonna e com ativistas locais, que elogiaram o acordo, mas também exigiram que os policiais envolvidos sejam acusados criminalmente.

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    “Por mais significativo que seja hoje, é só o começo da justiça completa para Breonna”, disse Tamika Palmer, mãe da jovem. “É hora de avançar com as acusações criminais porque ela merece isso e muito mais”.

    A decisão encerra o processo civil, mas não a investigação criminal, que ainda não chegou a nenhuma acusação, seis meses após a morte de Taylor. Nenhum policial foi acusado criminalmente pela morte de Taylor, mas o procurador-geral de Kentucky, Daniel Cameron, um republicano negro, deve levar o caso a um grande júri esta semana, de acordo com relatos da mídia local.

    Em 13 de março, três policiais vestidos de civis entraram por volta da meia noite na casa da jovem de 26 anos, que era técnica em emergências médicas, com um mandado de busca e apreensão atrás de dois suspeitos de tráfico de drogas. A polícia de Louisville obteve o mandado de um juiz como parte de uma investigação sobre uma quadrilha de drogas em outra casa em outra parte da cidade. Eles disseram ao juiz que acreditavam que um dos homens suspeitos de vender drogas havia usado o apartamento de Taylor para receber pacotes.

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    O namorado de Taylor, que estava na cama com ela, pegou uma arma e atirou nos policiais. Ele declarou mais tarde que pensou se tratar de assaltantes. Os policiais, que não ativaram as câmeras que carregavam durante a ação, mataram Taylor com oito tiros. Um dos policiais ficou ferido na troca de tiros. 

    Os três policiais preencheram um relatório sobre o ocorrido com uma série de erros. Em junho, o departamento de polícia demitiu um dos três policiais envolvidos, o detetive Brett Hankison, que é branco, por demonstrar “extrema indiferença ao valor da vida humana” ao disparar dez tiros no apartamento de Taylor. Os outros dois diretores foram realocados para funções administrativas.

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