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Cidade no norte da China tem alta de casos de Covid-19 e amplia restrições

Há 52 infectados pela Covid-19 em Harbin, dos quais 30 dos casos foram confirmados na terça-feira 21; dados aumentam preocupação sobre segunda onda

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 14h52 - Publicado em 22 abr 2020, 20h12

A cidade de Harbin, no nordeste da China, está cotada para ser o próximo epicentro da pandemia de coronavírus no país. Com 52 casos confirmados, o município restringiu nesta quarta-feira, 22, a entrada de não-residentes como meio de conter a propagação da doença altamente contagiosa. As autoridades ordenaram quarentena obrigatória de 14 dias nas residências onde haja casos de Covid-19, como é praxe em muitos países.

Maior cidade da província de Heilongjiang, com 10 milhões de habitantes, já havia determinado uma quarentena obrigatória de 28 dias para todos que chegassem do exterior ou das áreas mais afetadas pelo vírus na China. Agora, as zonas residenciais não podem mais receber pessoas ou veículos de fora de Harbin, segundo a mídia estatal.

Harbin relatou sete novos casos na terça-feira 21, elevando o total de infecções para 52. A cidade tem ligações aéreas com a Rússia, de onde vieram três viajantes infectados. O país, que durante março não reportava números significativos da doença, agora está entre os dez com maior número de infectados (58.000) e seu sistema de saúde está sobrecarregado.

Cerca de 1.400 pessoas estão em observação devido aos sintomas da Covid-19 em Harbin, e a província de Heilongjiang registra 537 casos. Suspeita-se que o surto na cidade chinesa tenha se intensificado por causa de um homem de 87 anos, internado em dois hospitais desde 2 de abril. Na terça-feira 21, ele havia contagiado 78 pessoas – das quais 23 eram assintomáticas. Os infectados eram principalmente seus familiares, pacientes hospitalares e médicos, segundo autoridades locais de saúde.

A China continental registrou 30 novos casos na terça-feira, 11 a mais do que o dia anterior. Desses casos, 23 envolviam viajantes vindos do exterior. Os dados levantam questões sobre quando e como reduzir as restrições à circulação das pessoas sem o risco de causar segunda onda de contaminações pela  Covid-19 – especialmente agora que muitas nações em todo o mundo anunciam planos para reabrir a economia.

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Acredita-se que a pandemia de coronavírus, que até agora atinge mais de 2,6 milhões de pessoas e deixou 182.740 mortos em todo o planeta, tenha se originado em Wuhan, na província de Hubei, na China. Após mais de dois meses de quarentena e bloqueio total, essa cidade suspendeu todas as restrições no dia 8 de abril.

(Com Reuters)

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