Arqueólogos encontraram cinco esqueletos humanos, sem mãos e pés, do lado de fora de uma casa ocupada pelo comandante nazista Hermann Göring na cidade de Kętrzyn, na Polônia. A informação foi divulgada pela revista alemã Der Spiegel nesta segunda-feira, 29.
A descoberta foi realizada pela Fundação Latebra, voltada para a recuperação de obras de arte perdidas, que atua no local há anos. A residência fazia parte de um complexo de bunkers apelidado de “Toca do Lobo”, uma das bases usadas por Adolf Hitler durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“A singularidade desta descoberta reside no fato de os corpos terem sido encontrados nas instalações do complexo mais bem guardado do Terceiro Reich”, destacou o comunicado.
Acredita-se que os corpos eram de três adultos, um adolescente e um recém-nascido. Ainda não se sabe a idade exata dos vestígios, uma vez que as análise de datação não foram concluídas. Não foram encontrados vestígios de roupas. Eles estavam dispostos ao lado de tábuas queimadas e de remanescentes de uma antiga infraestrutura de esgoto.
Em entrevista à emissora americana CNN, Adrian Kostrzewa, membro do conselho de administração da fundação, explicou que os arqueólogos pensaram que estavam escavando um banheiro. Primeiro, encontraram cinzas e uma chave queimada. Ele disse que “existem muitas teorias [sobre] por que eles não têm mãos e pés”, mas os resultados da investigação policial ainda não foram divulgados. “No momento, é muito difícil dizer”.
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Sobre a Toca do Lobo
A Toca do Lobo era o quartel-general da Frente Oriental nazista, sendo considerado uma das maiores da Europa. Ela está localizada em uma floresta à noroeste da Polônia, longe da civilização. Piloto de caça durante a Primeira Guerra, Göring era amigo próximo de Adolf Hitler — o líder da Alemanha nazista permaneceu, inclusive, quase três anos do local. Por lá, traçou os planos de guerra da Alemanha, incluindo o genocídio judeu.
A Fundação Latebra indica que a fortaleza foi destruída em 1945, ano em que a Segunda Guerra chegou ao fim, para que não fosse utilizada como base para a União Soviética. Um ano antes, a Toca do Lobo testemunhou a Operação Valquíria, na qual soldados alemães tentaram matar Hitler para tomar o poder e negociar o fim do conflito. As ruínas foram limpas e o local é visitado por turistas desde 1959, mas é proibido entrar nos restos do bunker.