Um homem feriu cinco pessoas em um ataque a faca na casa de um rabino, ao lado de uma sinagoga, no norte de Nova York durante uma festa para celebrar o Hanukkah judaico na noite de sábado 28. As vítimas, todos membros da fé judaica, foram transportados para hospitais locais, duas em estado crítico, informou o Conselho de Assuntos Públicos Judaicos Ortodoxos (OJPAC). O suspeito foi preso.
O governador de Nova York, Andrew Cuomo, disse em um comunicado que ficou “horrorizado com o ato desprezível e covarde”, e havia ordenado à Força Tarefa de crimes de ódio da Polícia Estadual que investigasse o caso. “Temos uma tolerância zero ao antissemitismo em Nova York e responsabilizaremos o agressor por toda a extensão da lei”, tuitou.
Por volta das 22h (horário local), um homem com um facão entrou na propriedade do rabino Chaim Rottenberg, em Monsey, estado de Nova York, uma área com uma grande população judaica, e esfaqueou cinco pessoas antes de fugir. “Eu estava rezando pela minha vida”, contou Aron Kohn, 65 anos, ao New York Times, descrevendo a faca usada pelo agressor como “do tamanho de uma vassoura”.
Yossi Gestetner, cofundador do OJPAC para a região do Vale do Hudson, disse ao New York Times que uma das vítimas era filho do rabino. “Havia dezenas na casa”, disse Gestetner. Ainda segundo as testemunhas, pessoas presentes na sinagoga ao lado ouviram os gritos na casa do rabino e conseguiram escapar do ataque.
Em Israel, o presidente Reuven Rivlin expressou seu “choque e indignação” em relação ao ataque. “A ascensão do antissemitismo não é apenas um problema judaico, e certamente não é apenas o problema do Estado de Israel”, disse ele em comunicado.
“Devemos trabalhar juntos para enfrentar esse mal, que está erguendo a cabeça novamente e é uma ameaça genuína em todo o mundo”, completou.
A polícia americana está enfrentando uma série de ataques contra alvos judeus nos últimos anos.Seis pessoas, incluindo dois suspeitos, foram mortas em um tiroteio em Jersey City em uma lanchonete kosher no início deste mês, o que, segundo as autoridades, é alimentada em parte pelo antissemitismo.
Após o ataque de sábado, o prefeito Bill de Blasio se manifestou pelas redes sociais. “Não permitiremos que isso se torne o novo normal”, escreveu ele. “Usaremos todas as ferramentas necessárias para impedir esses ataques de uma vez por todas”, concluiu.