Coletes amarelos voltam às ruas da França para desafiar governo
Esta é a primeira mobilização de 2019; governo se prepara para debater as reivindicações do movimento em meados de janeiro
Por Da Redação
Atualizado em 5 jan 2019, 13h51 - Publicado em 5 jan 2019, 13h42
Manifestantes com coletes amarelos protestam contra o governo em Marselha, na França - 05/01/2019 (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
Continua após publicidade
1/43 Maniestantes com coletes amarelos carregam fotógrafo ferido durante protestos contra o governo em Paris, capital da França - 05/01/2019 (Zakaria Abdelkafi/AFP)
2/43 Manifestante queima latão de lixo durante protesto contra o governo, em Rouen, na França - 05/01/2019 (Charly Triballeau/AFP)
3/43 Manifestante com colete amarelo carrega bandeira francesa durante protestos contra o governo em Marselha - 05/01/2019 (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
4/43 Manifestetes com coletes amarelos protestam contra o governo em Paris, capital da França - 05/01/2019 (Gonzalo Fuentes/Reuters)
5/43 Manifestantes com coletes amarelos protestam contra o governo em Marselha, na França - 05/01/2019 (Jean-Paul Pelissier/Reuters)
6/43 Manifestantes fazem pirâmide humana durante protesto contra o governo em Paris, capital da França - 15/12/2018 (Christophe Archambault/AFP)
7/43 Manifestantes com coletes amarelos protestam contra o governo em Nantes, na França - 15/12/2018 (Sebastien Salom-Gomis/AFP)
8/43 Bombas de gás lacrimogêneo são arremessadas contra manifestantes vestidos com coletes amarelos, durante protesto contra o governo realizado em Nantes, na França - 15/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
9/43 Manifestante com colete amarelo chuta artefato arremessado por policiais franceses durante protesto contra o governo em Paris 15/12/2018 (Sameer Al-Doumy/AFP)
10/43 Policiais franceses entram em confronto com manifestante durente protesto contra impostos em Nantes, na França - 15/12/2018 (Sebastien Salom-Gomis/AFP)
11/43 Mulher vestida como "Marianne", símbolo da França, é vista na frente de policiais franceses durante protesto contra o governo em Paris - 15/12/2018 oit Tessier TEMPLATE OUT (Benoit Tessier/Reuters)
12/43 Manifestantes protestam contra altos impostos em Longeville-lès-Saint-Avold, no leste da França - 15/12/2018 (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)
13/43 Manifestantes com coletes amarelos são refletidos em óculos durante protesto contra o governo realizado em Bordeaux, oeste da França - 15/12/2018 (Georges Gobet/AFP)
14/43 Estudantes protestam contra as reformas da educação do governo em Marselha, sul da França - 05/12/2018 (Gerard Julien/AFP)
15/43 Estudantes protestam contra as reformas da educação do governo em Marselha, sul da França - 05/12/2018 (Gerard Julien/AFP)
16/43 Alunos do ensino médio bloqueiam a entrada da escola secundária Lycee Henri IV para protestar contra o plano de reforma da educação do governo francês, em Paris - 06/12/2018 (Gonzalo Fuentes/Reuters)
17/43 Estudantes secundaristas colocam fogo em uma barricada em frente à escola de François Mauriac durante uma manifestação contra as reformas do governo na Educação em Bordeaux, sudoeste da França - 04/12/2018 (Nicolas Tucat/AFP)
18/43 Manifestante é visto com uma bomba de gás lacrimogêneo durante a manifestação contra a alta dos impostos sobre o diesel - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
19/43 Motoristas de ambulâncias acendem sinalizadores nas cores da bandeira da França durante manifestação na Place de la Concorde em Paris - 03/12/2018 (Gonzalo Fuentes/Reuters)
20/43 Oficiais da polícia de choque permanecem em posição durante confrontos com manifestantes na Champs-Elysées em Paris - 01/12/2018 (Lucas Barioulet/AFP)
21/43 Carro fica destruído nos arredores do liceu Jean-Pierre Timbaud depois de ser incendiado por estudantes que protestavam contra as reformas do governo francês no norte de Aubervilliers, subúrbio de Paris - 03/12/2018 (Thomas Samson/AFP)
22/43 Manifestante usa uma máscara de Guy Fawkes perto de uma barricada em chamas durante protesto dos coletes amarelos (Gilets jaunes) contra o aumento dos preços do diesel e do custo de vida em Paris - 01/12/2018 (Abdulmonam Eassa/AFP)
23/43 Policial corre durante protesto contra o aumento dos preços do diesel e do custo de vida em Paris - 01/12/2018 (Lucas Barioulet/AFP)
24/43 Manifestantes vestindo coletes amarelos, um símbolo de um protesto de motoristas franceses contra impostos mais elevados sobre o diesel, passa perto de um carro em chamas durante os protestos perto da Place de l'Etoile em Paris, França - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
25/43 Manifestantes de colete amarelo são vistos próximos a um carro em chamas durante protesto na Place de l'Etoile em Paris, França - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
26/43 Vista aérea mostra confronto entre manifestantes de coletes amarelos e policiais durante um protesto contra medidas do governo francês - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
27/43 Manifestante segura uma bandeira francesa em meio à fumaça de gás lacrimogêneo durante protesto contra o aumento dos preços do diesel e do custo de vida em Paris - 01/12/2018 (//AFP)
28/43 Uma nuvem de gás lacrimogêneo flutua proximo ao Arco do Triunfo, em Paris, enquanto manifestantes protestam contra a alta do preço dos combustíveis - 01/12/2018 (Stephane Mahe/Reuters)
29/43 Manifestante usando um colete amarelo, símbolo dos protestos contra medidas econômicas do governo de Emmanuel Macron segura uma bandeira francesa durante ato em Paris - 01/12/2018 (Alain Jocard/AFP)
30/43 O presidente Emmanuel Macron, o ministro do Interior da França, Christophe Castaner, o secretário de Estado Laurent Nunez e o prefeito da polícia de Paris Michel Delpuech chegam para visitar bombeiros e policiais no dia seguinte às manifestação em Paris - 02/12/2018 (Thibault Camus/Pool/Reuters)
31/43 Carros queimados são vistos no dia seguinte das manifestações em Paris - 02/12/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
32/43 Policiais trabalham em torno da mensagem feita no Arco do Triunfo "Os coletes amarelos triunfarão", escrita durante as manifestações da última noite em Paris - 02/12/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
33/43 Manifestante segura uma bandeira francesa em meio a fumaça de gás lacrimogêneo lançado pela polícia em frente do Arco do Triunfo, na Champs Elysees, em Paris durante uma manifestação nacional contra o aumento dos preços do petróleo e do custo de vida - 24/11/2018 (Lucas Barioulet/AFP)
34/43 Manifestante coloca uma bicicleta em uma barricada em chamas durante protesto contra o aumento dos preços dos combustíveis e do custo de vida perto do Arco do Triunfo em Paris - 24/11/2018 (Bertrand Guay/AFP)
35/43 Manifestantes incendeiam barricadas durante protesto contra o aumento do imposto sobre combustíveis na Champs Elysees, em Paris, França - 24/11/2018 (Francois Guillot/AFP)
36/43 Manifestantes vestindo coletes amarelos, símbolo do protesto de motoristas franceses contra a alta nos preços dos combustíveis, ocupam a Champs-Elysee em Paris - 24/11/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
37/43 Manifestante caminha em frente a uma barricada durante protesto contra o aumento no preço dos combustíveis na Champs-Elysees, em Paris, França - 24/11/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
38/43 Carro é incendiado durante protesto contra o aumento do imposto sobre combustíveis na Champs Elysees, em Paris, França - 24/11/2018 (Benoit Tessier/Reuters)
39/43 A polícia disparou gás lacrimogêneo e canhões de água contra os manifestantes que exigiam do presidente francês a redução dos aumentos de impostos sobre os combustíveis - 24/11/2018 (Lucas Barioulet/AFP)
40/43 Manifestantes protestam contra o preço dos combustíveis e do custo de vida em frente a uma réplica da Estátua da Liberdade em Colmar, no leste da França - 24/11/2018 (Sebastien Bozon/AFP)
41/43 Manifestantes vestidos com coletes amarelos fazem barricadas com cadeiras na Champs Elysees, em Paris durante protesto nacional contra o aumento dos preços do petróleo e dos custos de vida - 24/11/2018 (Francois Guillot/AFP)
42/43 Manifestantes usando coletes amarelos (Gilets jaunes) gritam palavras de ordem e carregam e cartazes durante manifestação contra o aumento no preço dos combustíveis em Rochefort, no sudoeste da França - 24/11/2018 (Xavier Leoty/AFP)
43/43 Manifestantes liberam cancelas de um em Beaumont, no leste da França, durante uma manifestação contra os altos preços dos combustíveis e os custos de vida - 24/11/2018 (Christophe Verhaegen/AFP)
Os coletes amarelos realizam neste sábado, 5, seu oitavo dia de protestos na França para dar um novo impulso ao movimento, apesar das denúncias do governo de que só restam poucos manifestantes, em sua maioria radicalizados.
Desde as primeiras horas da manhã, manifestantes organizaram bloqueios em diferentes pontos da rede viária do país, informou o Centro Nacional de Informação Vial (Bison Futé) em seu site.
Mais de 4.000 agentes antidistúrbios foram desdobrados hoje por todo o território francês para fazer frente a possíveis incidentes durante esta oitava jornada de protestos.
Esta é a primeira mobilização de 2019, apesar das concessões do Executivo, que se prepara para debater as reivindicações do movimento em meados de janeiro.
Houve concentrações pela manhã em diferentes cidades. Em Paris, entre 1.200 e 1.500 pessoas, caminharam pela Champs-Elysées em direção à Prefeitura. No meio da tarde, de acordo com uma fonte da polícia, havia quase 4.000 pessoas se dirigindo à Assembleia Nacional.
Continua após a publicidade
No cais do rio Sena, manifestantes lançaram projéteis contra os agentes, que responderam com gás lacrimogêneo.
Já em Rouen, no noroeste do país, onde entre 1.000 e 2.000 pessoas protestavam, um manifestante foi atingido na cabeça por uma bala de borracha e ao menos duas pessoas foram detidas.
Em Marselha, cerca de 500 coletes amarelos marcharam no centro da cidade, enquanto entre 1.000 a 2.000 pessoas estavam reunidas em Caen (noroeste).
Em Saint-Nazaire (oeste), cerca de 150 bloqueavam a ponte de Saint-Nazaire. A situação era mais tensa em Beauvais (norte), onde a polícia disparou bombas de gás lacrimogêneo para impedir que cerca de 600 coletes amarelos entrassem na cidade depois de tentar bloquear o aeroporto.
Continua após a publicidade
Um dos desafios do movimento, que gerou a maior crise social desde que começou em maio de 2017 o mandato do presidente francês, Emmanuel Macron, é mostrar sua capacidade para levar gente às ruas.
Nas últimas semanas, houve uma grande diminuição no número de pessoas nas ruas. Em 29 de dezembro as autoridades contabilizaram 12.000 manifestantes em toda França e 38.600 no dia 22, muito longe dos 282.000 de 17 de novembro.
O porta-voz do governo, Benjamin Griveaux, desqualificou ontem os que seguem participando das ações dos coletes amarelos ao qualificá-los como “agitadores que querem a insurreição e derrubar o governo” e Macron.
O ministro do Interior, Christophe Castaner, instou os prefeitos a continuar evacuando, usando a força, se necessário, os “cem pontos de bloqueios” que ainda existem nas estradas francesas.
Continua após a publicidade
O movimento teve início contra o aumento dos preços dos combustíveis, antes de se tornar mais amplo com reivindicações contra a política social e fiscal do governo.
Enfraquecido por estes protestos sem precedentes, Macron, anunciou em 10 de dezembro uma série de medidas, como o aumento de 100 euros no salário mínimo e prometeu, em um discurso em 31 de dezembro, um retorno à “ordem Republicana”.
Mas as vozes críticas estão longe de se calarem. “A raiva vai se transformar em ódio se você continuar no seu pedestal, você e aqueles que como você consideram o povo como mendigos, desdentados”, declarou o coletivo dos coletes amarelos chamado “França em cólera” em carta aberta ao presidente e divulgada na quinta-feira 3 à noite.
Desde o início do movimento, mais de 1.500 pessoas ficaram feridas, 53 delas gravemente, entre os manifestantes, e quase 1.100 entre as forças de segurança. Além disso, dez pessoas morreram, principalmente em acidentes nos bloqueios de estradas.
Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
a partir de 9,90/mês*
ECONOMIZE ATÉ 47% OFF
Revista em Casa + Digital Completo
Nas bancas, 1 revista custa R$ 29,90.
Aqui, você leva 4 revistas pelo preço de uma!
a partir de R$ 29,90/mês
*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.
PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis CLIQUE AQUI.