Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Super BlackFriday: Assine VEJA a partir de 7,99

Colômbia acusa Trump de cometer ‘execuções’ em ataques a barcos no Caribe e Pacífico

Líder colombiano disse acreditar que manobras dos EUA representam um 'uso desproporcional da força que é punido pelo direito internacional humanitário'

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 23 out 2025, 16h48 - Publicado em 23 out 2025, 16h33

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, acusou nesta quinta-feira, 23, os Estados Unidos de cometer “execuções extrajudiciais” através de ataques a barcos no Caribe e no Pacífico. Em coletiva de imprensa em Bogotá, o líder colombiano disse acreditar que as manobras ordenadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, acabam por “violar o direito internacional” e representam um “uso desproporcional da força que é punido pelo direito internacional humanitário”.

“O mar do Caribe está repleto de navios de guerra, aeronaves navais e mísseis (dos Estados Unidos)“, continuou Petro. “Inclusive, um pescador de Santa Marta foi assassinado em seu barco. Quando anularam a certificação antidrogas, achamos muito paradoxal e, obviamente, recebemos isso como se fosse um insulto.”

No domingo, 19, Trump chamou Petro de “barão da droga” e prometeu cortar financiamento e subsídios dados à Colômbia, sugerindo também que forças americanas poderiam realizar ações no país. As ameaças vieram em meio à crescente tensão militar entre a Venezuela e os EUA. Até o momento, nove ataques americanos foram contabilizados, com 37 mortos. Um deles foi realizado na costa da Colômbia, como confirmou o secretário da Defesa americano, Pete Hegseth, nesta quarta-feira, 22.

“Ontem (terça-feira, 21), sob a direção do presidente Trump, o Departamento de Guerra (como foi rebatizada a pasta de Defesa) conduziu um ataque cinético letal a uma embarcação operada por uma Organização Terrorista Designada e que realizava narcotráfico no Pacífico Oriental”, escreveu Hegseth no X, antigo Twitter. “Nossa inteligência sabia que a embarcação estava envolvida no contrabando ilícito de narcóticos, transitava por uma rota conhecida de narcotráfico e transportava entorpecentes.”

Petro, por sua vez, condenou o bombardeio e alegou que o barco pertencia a uma “família humilde”, e não à guerrilha colombiana batizada de Exército de Libertação Nacional (ELN), como argumentou Hegseth. Ao menos três pessoas morreram. Ele também chamou de volta o seu embaixador nos Estados Unidos, Daniel García-Peña, em gesto diplomático que frisa a insatisfação com o governo Trump. Na coletiva desta quinta, Petro rebateu as acusações do republicano: “O senhor Trump me caluniou e insultou a Colômbia”, disse.

Continua após a publicidade

+ EUA expandem operação no Caribe com novo ataque a barco, agora no Pacífico

Briga antiga

Petro, o primeiro presidente de esquerda da história do país e conhecido pela articulação com o venezuelano Nicolás Maduro, tem sido uma das vozes regionais mais críticas contra a ofensiva americana na costa do Caribe. O ocupante da Casa Branca, por sua vez, acusa Bogotá de ser cúmplice no tráfico ilícito de drogas.

No mês passado, Petro teve o visto revogado pelos Estados Unidos por ter participado de um ato pró-Palestina enquanto ele estava em Nova York para a Assembleia Geral das Nações Unidas, em que pediu aos soldados americanos que desobedecessem às ordens de Trump. O presidente colombiano acusou Washington de violar o direito internacional devido às suas críticas às ações de Israel em Gaza.

A briga escalou por conta da situação na Venezuela. Trump autorizou a CIA, a agência de inteligência americana, a realizar operações em solo venezuelano, inclusive terrestres, com o objetivo de derrubar o ditador Nicolás Maduro — a indicação mais clara de que poderia haver, de fato, uma invasão.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SUPER BLACK FRIDAY

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
SUPER BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$47,88, equivalente a R$3,99/mês.