O economista Mario Draghi aceitou oficialmente, nesta sexta-feira, 12, o cargo de primeiro-ministro da Itália, depois de conquistar o apoio de quase todos os partidos políticos do país. O novo governo tem a missão de tirar o país da emergência econômica e sanitária.
O ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) anunciou a lista dos ministros, entre personalidades políticas e tecnocratas, no fim de uma reunião no Palácio Quirinal com o presidente da República, Sergio Mattarella. Draghi susbstitui Giuseppe Conte, que precisou renunciar ao cargo após perder o apoio de um partido-chave de sua coalizão.
“Super Mario”, como costuma ser chamado pelo seu papel na crise da dívida europeia em 2012, deverá apresentar depois seu gabinete de governo e submeter-se ao voto de confiança no Parlamento na próxima semana.
Com um terno completo e gravata, Draghi escutou esta semana os líderes de todos os partidos políticos, assim como os representantes de partes sociais e os defensores do meio ambiente, com o objetivo de formar um governo heterogêneo, de unidade e sem conotações políticas.
O renomado economista conta com o apoio do maior partido de centro-esquerda, o Partido Democrático (PD), da extrema direita Liga de Matteo Salvini, além do partido de direita moderada Força Itália de Silvio Berlusconi. No último minuto, o antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E), o maior partido no Parlamento depois de chegar ao poder há quase três anos, votou a favor na quinta-feira, 11, com 59,3%, um governo liderado por Draghi.
Com 73 anos, Mario Draghi se tornará primeiro-ministro mesmo sem nunca ter disputado um cargo político. A missão não é fácil: além da crise econômica, a Itália atingiu a marca de 2.683.403 casos de coronavírus e totalizou 92.729 mortes.