Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Com novo sistema antimíssil, EUA ameaçam abandonar tratado nuclear

Americanos querem a total destruição do novo complexo de mísseis de Moscou, que rejeita acusação de violar acordo

Por Da Redação
17 jan 2019, 16h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • No Pentágono, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, celebrou nesta quinta-feira, 17, a conclusão da nova estratégia de defesa antimíssil para deter, entre outros, as ameaças de inimigos emergentes, como o Irã, e velhos antagonistas, como Rússia. Esta é a primeira revisão no sistema antimísseis americano desde 2010.

    “Nosso objetivo é simples: garantir que podemos detectar e destruir qualquer míssil lançado contra os Estados Unidos de qualquer lugar, em qualquer hora”, afirmou.

    A conclusão dessa estratégia de defesa se dá no momento em que os Estados Unidos recusaram a a oferta de Moscou para inspecionar o novo míssil russo, apontado por Washington como uma potencial violação ao Tratado sobre Forças Nucleares de Alcance intermediário (INF), de 1987.  O governo americano também avisou o Kremlin que romperá este mesmo acordo em 2 de fevereiro.

    A Subsecretária de Estado para Controle de Armas e Assuntos de Segurança Internacional, Andrea L. Thompson, confirmou a intenção de saída dos Estados Unidos do tratado depois do fracasso de uma reunião bilateral em Genebra.  

    Thompson alegou que os Estados Unidos pedem transparência sobre o novo míssil russo há mais de cinco anos e que a oferta de inspeção não era suficiente. Os americanos, insistiu ela,  exigem a destruição de todo o sistema do artefato, conhecido como 9M729, para permanecer no tratado. Uma última possibilidade de negociação se daria em paralelo a uma reunião do Conselho da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e Rússia na próxima semana.

    Continua após a publicidade

    “Ver o míssil não confirma a distância que ele pode viajar e, por isso, ele viola o tratado”, disse a subsecretária ao jornal The Guardian.

    Em outubro de 2018, Donald Trump pegou seus aliados de surpresa ao anunciar que pretendia deixar o INF. O tratado permitiu a destruição de milhares de armas americanas e soviéticas e manteve mísseis nucleares fora da Europa por três décadas.

    O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, acusou os Estados Unidos de intransigência, dizendo que Moscou permitiu que especialistas americanos inspecionassem o míssil russo suspeito. Ele insistiu que o artefato não infringe os limites do tratado.

    Continua após a publicidade

    “De qualquer forma, representantes dos Estados Unidos chegaram com uma posição pronta que era baseada em um ultimato e demandaram que destruíssemos o foguete, suas bases de lançamento e todo equipamento relacionado, sob supervisão dos americanos”, detalhou Lavrov.

    Thompson disse que se a Rússia não demonstrar boa vontade em cooperar, os Estados Unidos poderiam iniciar pesquisas e construir  mísseis proibidos pelo INF , com alcance de 500 a 5.500 quilômetros. Se a saída americana ocorrer, a notificação será efetivada apenas seis meses depois, em 2 de agosto.

    Em uma clara diferença de estilos, o governo do então presidente americano Barack Obama reclamara do novo míssil da Rússia, mas não ameaçara deixar o tratado. Diplomatas disseram que o conselheiro de segurança de Trump, John Bolton, o convenceu a retirar o país do acordo, apesar da oposição dos departamentos de Defesa e Estado americanos e também de aliados europeus.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.