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Com torcedores de futebol, protesto contra Milei tem confusão e presos na Argentina

Ato contra governo teve início pacífico, mas terminou em relatos de violência policial e uso generalizado de gás lacrimogêneo

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 mar 2025, 20h00 - Publicado em 12 mar 2025, 18h05

Sob o lema “Chega de reprimir os aposentados, as aposentadas e a imprensa”, manifestantes foram às ruas da Argentina nesta quarta-feira 12 contra o governo do presidente Javier Milei. O ato, que teve participação massiva de torcedores de futebol e da Confederação Geral do Trabalho (CGT), teve início pacífico, mas terminou em confusão quando policiais tentaram desbloquear uma rua ocupada pelos manifestantes.

Em um vídeo, publicado pelo jornal argentino Clarín, é possível ver um policial golpeando uma aposentada de 87 anos, que caiu no chão e precisou de ajuda médica. Outra imagem mostra uma viatura policial incendiada.

“Eles querem nos reprimir, nos bater, é isso que eles querem fazer. Mas, se nos expulsarem daqui, tomaremos a Plaza de Mayo. Sinto como se as pessoas estivessem nas ruas. E agora não apenas as pessoas”, disse Carlos, um aposentado que estava no protesto, ao jornal argentino La Nación.

A polícia usou balas de borracha e gás lacrimogêneo, assim como canhões de água. Em resposta, torcedores e manifestantes atiraram paus, latas e tentaram atingir os policiais, que se defenderam com seus escudos.

“Nossas forças estão mobilizadas para fazer cumprir o protocolo: o trânsito não está cortado e os vândalos estão na calçada”, escreveu a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, em publicação no X.

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Segundo o Clarín, ao menos quatro pessoas foram detidas. Há relatos de feridos, incluindo policiais.

Também nas redes sociais, o porta-voz do governo, Manuel Adorni, disse que a manifestação era, na verdade, “uma marcha de “barra bravas” seguramente de esquerda, com convocação baixa, muito baixa ou nula”, usando a expressão argentina para os membros de torcidas organizadas.

A mobilização foi convocada, segundo os organizadores, para defender os direitos dos idosos, exigir a reintegração de seus benefícios de aposentadoria, a reintegração da cobertura de medicamentos com venda sob prescrição e a renovação da moratória da aposentadoria, que expira no fim do mês.

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“O fato de os fãs (de futebol) terem decidido nos apoiar se deve a vários fatores. Por um lado, porque nossa luta está no centro do ataque à política de austeridade de Milei, porque estamos exigindo o que todos os trabalhadores precisam, tanto aumentos salariais quanto os medicamentos que Milei roubou de nós, e também estamos pedindo uma extensão da moratória para os trabalhadores que estão prestes a se aposentar”, disse Nora Biaggio durante uma coletiva na noite de terça.

“Não à repressão contra os avós”, “chega de bater nos nossos velhos”, “não se metam com nossos velhos” e “apoiemos os aposentados” são algumas das frases usadas nas convocações a torcedores de diversos clubes de futebol, como Independiente, Racing, River Plate, Boca Juniors, Tigre, Ferro, Vélez Sarsfield, San Lorenzo de Almagro, All Boys, Deportivo Merlo, entre outros, que circularam nas redes sociais nos últimos dias.

A presença da torcida começou na semana passada, quando torcedores do Club Atlético Chacarita Juniors se uniram aos atos. O apoio foi anunciado após a repressão, nas últimas semanas, aos idosos que se manifestam contra medidas do governo, como o veto à reforma da previdência e novas regras para o acesso a medicamentos. A partir daí, outras equipes seguiram seus passos, garantindo presença para esta quarta-feira. A CGT também decidiu, na noite passada, “apoiar a demanda”, devido aos crescentes protestos.

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