Trump é ferido após atentado a tiros em comício; suspeito é morto
Ex-presidente foi atingido na orelha e retirado do palanque por agentes de segurança; ao menos uma pessoa morreu no local
Um comício do ex-presidente Donald Trump foi interrompido na tarde desta sábado, 13, na cidade de Butler, na Pensilvânia, depois de tiros serem ouvidos no local e deixarem um ferimento no rosto de Trump. O candidato republicano à presidência foi retirado do palanque por agentes de segurança, com marcas de sangue sob a orelha direita.
De acordo com o Serviço Secreto dos EUA, Trump está bem. “Um incidente ocorreu na tarde deste 13 de julho em um comício na Pensilvânia”, escreveu o porta-voz do órgão, Anthony Guglielmi, em um comunicado público. “O Serviço Secreto já implementou medidas de proteção e o ex-presidente está seguro. Esta é agora uma investigação ativa sob o Serviço Secreto e mais informações serão divulgadas quando disponíveis.”
A equipe de campanha de Trump também reafirmou que o empresário está bem e que foi encaminhado para um hospital próximo. Ao menos um participante do evento morreu na hora e outro ficou gravemente ferido, de acordo com as primeiras informações das autoridades locais. O atirador também foi morto, de acordo com a imprensa norte-americana.
BREAKING: Donald Trump pumps his fist as blood covers his face after ‘pops’ ring out. pic.twitter.com/XSLVR055bv
— Collin Rugg (@CollinRugg) July 13, 2024
Nas imagens, que eram transmitidas ao vivo e também circulam na internet, Trump e apoiadores ao seu redor se abaixam quando o som dos disparos estoura. O ex-presidente reage à ferida no rosto. Os agentes de segurança do Serviço Secreto imediatamente sobem ao palco para socorrer o ex-presidente e retirá-lo do palco. Trump se levanta, já com um sangramento no rosto e, antes de sair, ergue a mão empunhada para a multidão, sob aplausos.
O atentado acontece em um momento conturbado da campanha presidencial americana, com o opositor de Trump, o presidente Joe Biden, sofrendo pressão – inclusive dos próprios democratas – para desistir do pleito depois de suas últimas aparições públicas, em que o político de 81 anos transmitiu uma imagem debilitada. Os dois disputam a liderança das pesquisas com margens apertados, com Trump tendo ganhado alguma vantagem nos últimos dias.
Em seu perfil nas redes sociais, Biden prestou apoio a Trump e condenou a violência. “Estou feliz de saber que ele está bem. Estou rezando por ele, sua família e por todos que estavam no comício, enquanto aguardamos por mais informações”, disse Biden. “Não há espaço para esse tipo de violência na América. Precisamos no unir como uma nação só para condená-la.”
Sua vice, Kamala Harris, também disse estar “rezando por ele [Trump], sua família e todos que foram impactador por esse tiroteio sem sentido”. “Doug [seu marido] e eu estamos aliviados de saber que ele não teve um ferimento grave”, escreveu Harris.
Poucos horas depois do atentado o próprio Trump se manifestou por meio de seu perfil na rede social Truth Social, afirmando que sentiu a bala “rasgando sua pele”, prestando solidariedade às famílias das vítimas do atentado e agradecendo “a resposta rápida” do Serviço Secreto dos Estados Unidos. “Quero estender minhas condolências para a família da pessoa que foi morta no comício, e também à família da outra pessoa que foi gravemente ferida”, escreveu o republicano.
“É incrível que um ato desses possa acontecer no nosso país. Nada ainda é sabido sobre o atirador, que agora está morto. Eu fui atingido por um tiro na parte superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que alguma coisa estava errada porque ouvi um zumbido, tiros, e imediatamente senti a bala rasgando minha pele. Houve muito sangramento, e aí eu percebi o que estava acontecendo”, disse. “Deu abençoe a America!”, conclui Trump.