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Comissão da Câmara revoga honraria concedida por Lula a Assad, ditador deposto na Síria

Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, de maior prestígio brasileiro, foi dado ao então presidente sírio em julho de 2010

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 dez 2024, 15h19 - Publicado em 11 dez 2024, 15h19

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 11, um decreto para revogar uma condecoração concedida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Bashar al-Assad, ditador da Síria que foi deposto na semana passada por rebeldes. O Grande Colar da Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul, de maior prestígio brasileiro, foi dado ao então presidente sírio em julho de 2010, no segundo mandato de Lula.

A proposta, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ), foi elaborada em 2018. O relator do projeto, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE), citou uma série de acusações contra Assad, incluindo crimes contra a humanidade, uso de armas químicas, desaparecimentos forçados e tortura. O texto destacou, ainda, a “conduta indigna e criminosa do tirano sírio perante o povo de seu próprio país e da comunidade internacional”.

A Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul é uma forma de reconhecimento do governo brasileiro a personalidades estrangeiras notáveis. O projeto frisou, então, que “é de público conhecimento que o agraciado, Bashar al-Assad exerce a presidência da Síria de forma ditatorial desde julho de 2000”, acrescentando que o presidente se mantinha no poder “mediante um brutal sistema repressivo, sendo reeleito em processos eleitorais em que concorre sem oposição, e cuja lisura é questionada tanto dentro de seu país quanto por organismos internacionais”.

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Queda de Assad

A autoria dos levantes é reivindicada pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS), que nasceu a partir de uma ramificação da Al-Qaeda. No final de novembro, eles tomaram Aleppo, a segunda maior cidade da Síria. Na última quinta, 5, chegaram a Hama e, neste sábado, mais cedo, cercaram Homs. Todas essas cidades são consideradas estratégicas, seja pela localização, seja pelas rotas em direção a países vizinhos.

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A queda de Assad marca o fim de uma dinastia de mais de 50 anos. No poder desde 2000, o líder comandou com repressão o país depois de herdar a cadeira do pai, Hafez al-Assad, também presidente por mais de 30 anos.

A guerra civil síria começou há 13 anos, durante a Primavera Árabe, e se transformou em um conflito sangrento e multifacetado envolvendo grupos de oposição domésticos, facções extremistas e potências internacionais, incluindo os Estados Unidos, o Irã e a Rússia. Mais de 500.000 sírios morreram e milhões fugiram de suas casas.

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