O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, anunciou nesta quarta-feira, 10, que a Comissão Europeia deve propor esta semana aos países do bloco a reabertura “gradual e parcial” das fronteiras externas da União Europeia (UE) a partir de 1 de julho.
A retomada das viagens “não essenciais” à UE, não será aplicada a todos os países, e sim a um número determinado com base em uma série de critérios estabelecidos pelos países europeus e a Comissão, afirmou Borrell, que é comissário de Relações Exteriores e Política de Segurança da União Europeia.
A medida para conter a pandemia de coronavírus entrou em vigor em 17 de março e, desde então, foi prorrogada nos 27 países do bloco, exceto a Irlanda, assim como em outros quatro países europeus não pertencentes a UE: Suíça, Liechtenstein, Islândia e Noruega.
No último dia 5, os ministros europeus do Interior se expressaram a favor da reabertura gradual das fronteiras externas da UE e do espaço de livre circulação de Schengen não antes de 1 de julho. Na prática, Bruxelas propõe uma última prorrogação de duas semanas.
A Comissão Europeia, no entanto, pode apenas apresentar a proposta. A decisão de aplicar a medida cabe a cada país. A Grécia, muito dependente do turismo, já indicou a intenção de abrir as fronteiras em 15 de junho aos viajantes de vários países como Austrália, China e Coreia do Sul.
A comissária europeia de Assuntos Internos, Ylva Johansson, afirmou na semana passada que os países do bloco não conseguiam chegar a um acordo sobre quais critérios devem ser considerados para a reabertura das fronteiras.
Internamente, os países europeus começaram a suspender os controles em suas fronteiras comuns introduzidos em março, um processo que o chefe da diplomacia comunitária pediu para ser concluído “ao longo do mês de junho”.