O Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos concluiu que o governo da Rússia interferiu na campanha presidencial de 2016 em favor do então candidato republicano, Donald Trump, e para prejudicar sua concorrente democrata, Hillary Clinton.
Segundo o jornal The Washington Post, o resultado coloca em linha a apuração do Comitê com as conclusões da comunidade de inteligência dos Estados Unidos. Mas contradiz o resultado encontrado pela Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes em abril. Os deputados concluíram que os órgãos de inteligência americanos “não empregaram o trabalho analítico adequado” para avaliar as intenções do presidente russo, Vladimir Putin.
“Não temos razão para contrariar as conclusões (dos órgãos de inteligência)”, afirmou o senador republicano Richard Burr, presidente do Comitê. “os esforços da Rússia foram amplos, sofisticados e ordenados pelo presidente (russo, Vladimir) Putin, com o propósito de ajudar Donald Trump e de prejudicar Hillary Clinton”, completou o senador democrata Mark R. Warner, vice presidente do comitê.
Os membros do Comitê de Inteligência do Senado reuniram-se hoje com o ex-diretor de Inteligência Nacional James Clapper, com o ex-diretor da CIA John Brennan e com o ex-diretor administrativo da CIA Mike Rogers para tratar de suas conclusões. O caso vem sendo investigado pelo conselheiro especial Robert Muller, que não esteve presente nesse encontro.
Ao comentar os resultados contrastante com os encontrados pelo comitê da Câmara, o senador Burr disse não ter certeza de que os deputados tenham comprovado cada conclusão com fatos. No Senado, informou, sua equipe passou 14 meses “revisando as fontes, o trabalho de propaganda e o trabalho analítico” produzido pelos organismos de inteligência.
“Não vemos razão para contestar as conclusões”, afirmou Burr.
(Com AP)