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Como a imprensa internacional tem repercutido megaoperação policial no Rio de Janeiro

Trata-se da operação policial mais letal da história do estado, com ao menos 64 mortos, incluindo quatro agentes

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 28 out 2025, 17h54 - Publicado em 28 out 2025, 16h42

A megaoperação policial deflagrada nesta terça-feira, 28, no Complexo do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, repercutiu na imprensa internacional. Trata-se da operação policial mais letal da história do estado, com ao menos 64 mortos, incluindo quatro agentes. Cerca de 2.500 agentes das forças de segurança do Rio foram mobilizados para cumprir 100 mandados de prisão. Os traficantes retaliaram com tiros e barricadas. Até o momento, mais de 80 suspeitos foram detidos.

A agência de notícias Reuters frisou que a operação ocorre a poucos dias da “cidade sediar eventos globais relacionados à cúpula do clima das Nações Unidas, conhecida como COP30”. A reportagem também afirmou que a “polícia frequentemente realiza operações de larga escala contra o crime organizado antes de grandes eventos no Rio, que sediou jogos da Copa do Mundo de 2014, das Olimpíadas de 2016, da cúpula do G20 de 2024 e da cúpula do BRICS deste ano”, mas que “as baixas dessas operações foram muito menores do que as cerca de 60 mortes na terça-feira”. 

O jornal britânico The Guardian disse que “o ataque antes do amanhecer provocou intensos tiroteios dentro e ao redor das favelas do Alemão e da Penha, que abrigam cerca de 300.000 pessoas” e que “traficantes da facção criminosa Comando Vermelho começaram a atirar e incendiar barricadas e carros enquanto policiais civis e militares e forças especiais iniciavam seu avanço pouco depois das 4h”.

“Pela primeira vez, a quadrilha teria usado drones armados para lançar explosivos sobre equipes das forças especiais”, continuou a matéria. “Vítimas de ferimentos a bala foram levadas para um hospital local durante toda a manhã e, à tarde, pelo menos 60 pessoas foram mortas, incluindo quatro policiais. Oito policiais e quatro moradores ficaram feridos. Fotos horríveis de alguns dos jovens do sexo masculino se espalharam nas redes sociais.”

Matéria do The Guardian sobre a operação no Complexo do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. 28/10/2025
Matéria do The Guardian sobre a operação no Complexo do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. 28/10/2025 (The Guardian/Reprodução)
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A agência de notícias Associated Press afirmou que um de seus jornalistas “viu pelo menos 10 corpos chegando ao Hospital Getúlio Vargas, em Penha, dois deles policiais” e definiu, com base em autoridades, a situação como “o maior ataque desse tipo na história”. O jornal espanhol El País informou que “como resultado dos tiroteios, 45 escolas suspenderam as aulas e 12 linhas de ônibus foram redirecionadas”.

“O principal alvo da operação policial é o chefe do Comando Vermelho, em uma favela carioca chamada Complexo da Penha. O Comando Vermelho é uma organização criminosa envolvida no tráfico de drogas e outras atividades ilícitas . Fundado em 1979 em um presídio do Rio , expandiu-se para outros estados nos últimos anos e é o segundo grupo criminoso mais poderoso do Brasil”, explicou o El País.

Matéria do Clarín sobre a megaoperação no Rio de Janeiro. 28/10/2025
Matéria do Clarín sobre a megaoperação no Rio de Janeiro. 28/10/2025 (Clarín/Reprodução)
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O jornal argentino Clarín falou em “cenas de guerra” e revelou que “um vídeo mostra quase 200 tiros disparados em um minuto, em meio a nuvens de fumaça”, sem especificar em qual lugar a gravação foi realizada. A reportagem também afirmou que “esta é a fase final da Operação Contenção, uma iniciativa do governo estadual para combater a disseminação do tráfico de drogas no Rio de Janeiro”, além de relatar que parte dos criminosos “fugiram em fila indiana pela parte alta da comunidade, em uma cena semelhante à do massacre de gangues de 2010 durante a ocupação do Alemão”.

A emissora alemã Deutsche Welle (DW) apontou que “2.500 agentes de segurança foram mobilizados nos empobrecidos e densamente povoados complexos de favelas do Alemão e da Penha, nos arredores da cidade brasileira, perto do aeroporto internacional” e relembrou que “em fevereiro de 2018, o governo colocou a polícia militar no comando da segurança da cidade, citando a deterioração da situação”. 

“No início deste mês, a ONG Human Rights Watch (HRW) pediu ao prefeito Castro que vetasse um novo projeto de lei aprovado na legislatura estadual que pagaria grandes bônus aos policiais se eles “neutralizassem” suspeitos , alertando que isso poderia levar a picos de homicídios cometidos por policiais”, disse o veículo alemão.

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