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Como foram os últimos momentos do papa Francisco, segundo seu médico

O Santo Padre faleceu nesta segunda-feira, 21, vítima de um AVC, no contexto de um grave problema cardiocirculatório

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 24 abr 2025, 15h09 - Publicado em 24 abr 2025, 13h07

O médico do papa Francisco, Sergio Alfieri, disse nesta quinta-feira, 24, que o pontífice “morreu sem sofrimento, em casa”. O Santo Padre faleceu nesta segunda-feira, 21, vítima de um AVC, no contexto de um grave problema cardiocirculatório. Alfieri liderou o tratamento hospitalar de cinco semanas de Francisco para pneumonia dupla e continuou a supervisioná-lo quando retornou ao Vaticano, em 23 de março, sob ordem de dois meses de descanso para recuperação, incluindo uma rotina leve de trabalho, a desejo do argentino de 88 anos.

Às 5h30 (00h30 em Brasília) de segunda-feira, o médico foi acionado pelo enfermeiro pessoal de Francisco, Massimiliano Strappetti, que afirmou que o papa precisava ser levado ao hospital. No entanto, Alfieri disse que levá-lo à emergência era arriscado, já que o pontífice estava em recuperação e poderia contrair uma nova doença. Ao entrar no quarto, ele se deparou com o pontífice de “olhos abertos”, sem problemas respiratórios e com apoio de oxigênio suplementar. Ele tentou chamá-lo pelo nome, mas Francisco não respondeu ao comando.

“Ele também não respondia a estímulos, mesmo os dolorosos. Naquele momento, entendi que não havia mais nada a fazer. Ele estava em coma”, disse Alfieri ao jornal italiano Corriere della Sera.

Então, o cardeal Pietro Parolin chegou ao local e rezou o terço sobre o corpo de Francisco, contou Alfieri ao veículo. O médico, que se tornou cirurgião do pontífice em 2021, também se despediu com “uma carícia”. Momentos antes de entrar em coma, o papa fez “um gesto de despedida com a mão” para Strappetti. Às 7h35, o Vaticano anunciou seu falecimento.

Quando estava no hospital, Francisco sofreu uma série de crises respiratórias graves. Alfieri disse que sabia-se que “ele não retornaria à sua condição anterior e que a infecção havia deixado outra cicatriz em seus pulmões”. Apesar disso, o papa havia melhorado com fisioterapia. No sábado 19, o médico se reuniu com o argentino, que estava “em boa forma”, relatou ao jornal italiano, acrescentando: “Não achei que seria o último encontro”.

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+ Como foram as últimas horas do papa Francisco

Prazer pelo trabalho

Na manhã do domingo de Páscoa, o pontífice fez a tradicional bênção Urbi et Orbi da sacada da Basílica de São Pedro e, em seguida, surpreendeu os fiéis ao ir à Praça de São Pedro para um passeio no papamóvel próximo à multidão. Segundo o cirurgião, a rotina de trabalho “fazia parte do seu tratamento, e ele nunca se expôs a perigos”.

O Vatican News afirmou que Francisco “descansou na tarde de domingo e teve um jantar tranquilo”, mas que “por volta das 5h30 da manhã, os primeiros sinais da doença repentina apareceram, o que levou a uma resposta imediata daqueles que o vigiavam”.

Também conhecido como derrame cerebral, o AVC decorre da alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Responsável pela morte de células nervosas da região cerebral atingida, ele pode se originar de uma obstrução de vasos sanguíneos, o chamado acidente vascular isquêmico, ou de uma ruptura do vaso, conhecido por acidente vascular hemorrágico.

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