Como funciona o sistema “semieletrônico” de votação nos EUA?
Na maior parte do país, a votação é feita em cédulas de papel, que são escaneadas na boca da urna
Um dos motivos para a demora que os analistas estão prevendo na divulgação do resultado final das eleições é o sistema de votação americano. Hoje pela manhã, a maioria dos estados apresentava filas com cerca de uma hora de espera para se chegar à boca da urna.
A demora está diretamente relacionada à maneira pela qual a eleição acontece na prática. Nos Estados Unidos, cada estado define suas regras, mas, na maioria, a votação acontece com cédula de papel. Em Washington, D.C., VEJA acompanhou os trabalhos.
Os eleitores se identificam em uma balcão e são direcionados para a cabine. Eles podem optar por votar manualmente, fazendo um X em quadradinhos, ou eletronicamente. A máquina, contudo, não é a urna em si, mas uma espécie de preenchedora da cédula por meio digital.
Ao final, o eleitor precisa depositar o voto em uma urna de plástico, equipada com um escâner que lê a cédula e computa o voto. O papel cai, então, em um contêiner. A contabilização dos resultados é feita com base nos dados dessa leitura. Em caso de recontagem, é essa enorme quantidade de cédulas físicas que precisará ser reescaneada.
O candidato Donald Trump, a exemplo do que ocorreu em 2020, já deu sinais de que deve pedir recontagem e impugnação de votos em caso de derrota. Os democratas mobilizaram advogados em todo o país para rebater possíveis acusações de fraude eleitoral.