Como são os mísseis de cruzeiro Tomahawk que Ucrânia espera receber dos EUA
Volodymyr Zelensky se encontra com Donald Trump nesta sexta-feira para discutir possibilidade de envio de armamentos
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, viajou aos Estados Unidos nesta sexta-feira, 17, para uma reunião com seu homólogo Donald Trump, na qual deve pedir mais armas para seu país e, em especial, discutir o possível fornecimento de poderosos mísseis de longo alcance Tomahawk. O surpreendente anúncio de uma nova cúpula entre o ocupante da Casa Branca e o líder da Rússia, Vladimir Putin, paira sobre o encontro desta sexta e coloca em dúvida a extensão do apoio americano a Kiev.
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Em meio aos intensos bombardeios da Rússia contra diversas instalações de gás no leste da Ucrânia, provocando interrupções no fornecimento de energia em oito regiões do país, Kiev colocou o envio de armas americanas como sua prioridade em negociações. Com os mísseis Tomahawk, o Exército ucraniano teria maior capacidade de atingir alvos em território russo que hoje estão fora de alcance, incluindo bases militares, centros logísticos e aeródromos.
Utilizados pela primeira vez em 1991, os Tomahawk são mísseis de cruzeiro de longo alcance impulsionados por um motor a jato e guiados por GPS de bordo. Fabricados pela empresa americana Raytheon, eles são usados por forças armadas como EUA, Reino Unido, Austrália e Holanda, e custam em média US$ 1,3 milhão cada.
Como são guiados por GPS de bordo, os mísseis são altamente precisos e voam em altas velocidades subsônicas e em baixas altitudes, o que os torna difíceis de serem detectados por radares terrestres, mesmo em espaços aéreos fortemente protegidos. As variantes convencionais modernas têm 6,1 metros de comprimento e pesam cerca de 1.510 kgs, com alcance de 1.600 km.
Um dos problemas no momento é que o fato de que os Tomahawks são normalmente lançados de navios e submarinos que a Ucrânia não possui. A variante lançada por terra, o Typhon, seria mais adequada ao contexto ucraniano, mas os lançadores são escassos.
Mesmo assim, Trump tem sugerido nas últimas semanas que poderia enviar o armamento, sobretudo após autorizar compartilhamento de informações de inteligência dos EUA com a Ucrânia para auxiliar em ataques de precisão contra refinarias de petróleo da Rússia.
Em resposta às insinuações americanas, Moscou alertou que a dependência da Ucrânia de Washington para treinamento, logística e inteligência de alvos para operar os Tomahawks atrairia os EUA para a guerra em uma escala nunca vista antes, desfazendo o progresso que o Kremlin afirma ter feito com o governo Trump.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que os mísseis não mudarão as linhas de frente, mas que são uma questão “extremamente preocupante” e representariam uma “grave escalada”.
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