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Como túmulo de papa Francisco se conecta com a terra natal de seus avós

Filho de imigrantes italianos, seus ancestrais vêm da Ligúria, no noroeste do país

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 26 abr 2025, 10h06 - Publicado em 26 abr 2025, 10h04

Além de simples, como pediu que fosse dada sua aversão ao luxo, o túmulo do papa Francisco na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, foi construído com pedras da Ligúria, região italiana onde seus avós viveram, informou o Vatican News, portal oficial do Vaticano, neste sábado, 26. Ele já foi sepultado em cerimônia privada, após um funeral público que misturou 400 mil peregrinos, de acordo com o governo da Itália, a 130 delegações de chefes de Estado.

A tumba comum, “simples, sem decoração especial”, segundo solicitou em seu testamento final, ostenta apenas a inscrição de seu nome papal em latim, “Franciscus”, e uma réplica da cruz que usava no pescoço – feita de ferro, nada de ouro e pedras preciosas, como a que seu antecessor, Bento XVI, ostentava.

Papa Francisco pediu que seu túmulo fosse 'simples, sem decoração especial' e com uma única inscrição: 'Franciscus'. -
Papa Francisco pediu que seu túmulo fosse ‘simples, sem decoração especial’ e com uma única inscrição: ‘Franciscus’. – (Vaticano/Reprodução)

Assim, ele deixa este plano da mesma forma que praticou seu papado: um líder da Igreja Católica pé no chão, coerente com a sua condição de jesuíta com votos de pobreza. Francisco dispensou a limusine blindada, preferindo veículos comuns, e passou o pontificado na residência de Santa Marta, um edifício mais simples do Vaticano. Durante o conclave que o elegeu, espantou a todos ao pagar pessoalmente a conta do hotel onde se hospedou (que pertencia à própria Igreja).

Localizado próximo ao Altar de São Francisco, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, o túmulo reflete o desejo do papa de repousar em um local conectado à sua herança familiar. O Cardeal Rolandas Makrickas, co-arcebispo da Basílica, compartilhou os detalhes em uma recente entrevista.

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“É precisamente na pequena cidade de Cogorno que uma placa de ardósia – uma rocha metamórfica de granulação fina, cinza, verde ou azulada – homenageia o bisavô de Bergoglio, Vincenzo Sivori. Ele viajou da Itália para a Argentina no século XIX. Lá, criou sua família, incluindo sua neta Regina Maria Sivori: a mãe do Papa Francisco”, reportou o Vatican News.

Segundo o portal, Francisco costumava manter sua ligação com a Ligúria em segredo, então a prefeita da cidade, Enrica Sommariva, se surpreendeu ao saber que o papa havia solicitado uma pedra da região de seus avós para seu túmulo.

Angela Sivori, que ainda mora em Cogorno, relatou ao Vatican News o momento em que descobriu que era prima do Papa Francisco. Ela descreveu ter recebido um telefonema de Buenos Aires e uma árvore genealógica por e-mail. Ela e sua filha, Cristina, disseram que o pedido do papa em relação à pedra para o túmulo foi um presente maravilhoso para a família, “uma última surpresa”.

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