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Como visto de US$ 100 mil dos EUA lesa empresas de tecnologia

Nova taxa anunciada por Trump para vistos H1, reservados a trabalhadores estrangeiros qualificados, teve condenação generalizada da maioria dos executivos

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 26 set 2025, 09h32

Os planos do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para cobrar uma nova taxa de US$ 100 mil (mais de R$ 536 mil) para pedidos de visto H-1B, voltado para trabalhadores estrangeiros qualificados, devem prejudicar desproporcionalmente empresas de tecnologia e startups americanas.

A medida foi anunciada na última sexta-feira 19, na tentativa de abrir mais empregos para trabalhadores americanos. A taxa se aplica apenas para novas solicitações, e não a quem já tem o visto. A decisão teve condenação generalizada da maioria dos executivos, já que muitos consideram isso um grande golpe para um setor que contribuiu com milhões para a reeleição de Trump.

Os vistos H-1B — que permitem que empresas contratem temporariamente funcionários estrangeiros em áreas como TI, saúde e engenharia — já eram difíceis de obter, devido a cotas anuais limitadas. Agora, garantir talentos deve se tornar ainda mais difícil.

A Casa Branca planeja exigir que as empresas paguem uma taxa de US$ 100 mil ao enviar petições para novos vistos. Isso afetará em especial empresas em estágio inicial, complicando as estratégias de recrutamento.

Oferta insuficiente de mão de obra local

A Alma, uma startup de tecnologia jurídica com sede em São Francisco que fornece consultoria sobre imigração para profissionais e outras startups, disse à emissora americana CNBC que viu um aumento de 100 vezes nas consultas desde a declaração da Casa Branca na sexta-feira.

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“Nos últimos dias, os clientes têm se mostrado assustados e ansiosos, porque o tamanho de suas empresas sugere que não conseguirão pagar US$ 100 mil e competir em termos de salários”, disse a fundadora e CEO da Alma, Aizada Marat. “O principal problema é: haverá oferta local suficiente para atender à demanda se esses talentos internacionais desaparecerem?”, questionou.

Cerca de 141 mil pedidos de vistos H-1B foram aprovados em 2024, segundo a Pew Research. Eles são usados por muitas empresas de tecnologia, incluindo Amazon, Microsoft e Meta.

Trunfo dos talentos estrangeiros

Startups costumam depender da descoberta de talentos estrangeiros “desconhecidos” para obter vantagem sobre concorrentes maiores, Marat acrescentou. Ela foi ecoada por Alexandre Lazarow, sócio-gerente da Fluent Ventures: segundo ele, empresas em estágio inicial têm dificuldade de contratar engenheiros e especialistas localmente, e importar talentos é mais fácil que formar equipes remotas fora do país.

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Opositores do visto H-1B argumentam que o programa elimina oportunidades de emprego para cidadãos americanos. Mas uma consequência não intencional da taxa de US$ 100 mil pode ser uma redução mais geral no financiamento para empreendedorismo e capital de risco. Uma pesquisa de 2020 constatou que startups que contratam funcionários estrangeiros estão associadas a um aumento na probabilidade de obter aportes externos, abrir o capital ou ser adquiridas, além de realizar avanços inovadores.

As mudanças anunciadas pela Casa Branca podem afastar investidores globais dos Estados Unidos, empurrando-os para mercados como Reino Unido, Canadá e Europa.

A medida pode ainda afastar imigrantes talentosos que poderiam abrir empresas nos EUA, dizem analistas. Mais da metade das startups americanas avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais teve pelo menos um fundador imigrante, segundo relatório de 2022 do grupo de estudos National Foundation for American Policy.

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