Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Confirmação de juíza conservadora no Supremo pode prejudicar republicanos

Maioria da legenda de Donald Trump na Câmara Alta está ameaçada e decisão de apoiar indicação de Amy Coney Barrett pode aumentar vantagem democrata

Por Julia Braun Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 27 out 2020, 09h36
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O Partido Republicano comemorou uma vitória na noite desta segunda-feira 26, com a confirmação da nomeação da juíza conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte. O feito só foi possível graças à maioria republicana no Senado, que já dura quatro anos. A posição confortável da legenda, porém, parece mais ameaçada do que nunca.

    Em exatamente uma semana, os americanos irão às urnas para escolher seu próximo presidente e definir a composição do Senado. Estão em disputa 35 assentos da Casa – desses, 23 são atualmente de senadores conservadores e correm o risco de serem abocanhados pelos democratas.

    Basta que o Partido Democrata consiga roubar cinco cadeiras para inverter o jogo e garantir sua dominância no Senado. Para alguns analistas políticos, a confirmação de Barrett na noite desta segunda pode ser o elemento que faltava para consolidar tal cenário.

    “Senadores republicanos que votaram de forma favorável à confirmação da juíza Amy Coney Barrett podem se ver prejudicados nas eleições, principalmente nos estados onde os democratas estão crescendo”, diz Capri Cafaro, professora de política americana da Universidade Americana de Washington e ex-senadora pelo estado de Ohio pelo Partido Democrata. “Esta votação foi extremamente controversa”.

    Barrett é conhecida por suas posições conservadoras em temas como aborto, liberação do porte de armas, liberdade de expressão e direitos de imigrantes. A juíza católica foi criticada no passado por deixar que sua fé interferisse em suas decisões como magistrada.

    Continua após a publicidade

    Amy ocupará o posto deixado vago após o falecimento da juíza progressista Ruth Bader Ginsburg. Com isso, os conservadores consolidarão sua maioria absoluta na Suprema Corte, com seis magistrados contra três liberais.

    A indicação de Amy Coney Barrett foi anunciada pelo presidente Donald Trump menos de 10 dias após a morte de Ginsburg. Às vésperas das eleições, o republicano buscou garantir seu poder de escolha antes de qualquer eventual mudança de governo. A pressa com que a nomeação foi definida, porém, despertou críticas entre os democratas.

    A oposição acusou os republicanos de hipocrisia, uma vez que o Senado bloqueou uma nomeação proposta pelo ex-presidente Barack Obama à Corte em 2016, alegando que se tratava de um ano eleitoral.

    Continua após a publicidade

    Na noite desta segunda, o presidente do Senado e líder do Partido Republicano na Casa, Mitch McConnell, afirmou que a maioria conservadora na Casa dá à sua legenda o direito de tomar decisões como essas. “A razão pela qual fomos capazes de fazer o que fizemos em 2016, 2018 e 2020”, disse McConnell, referindo-se às três últimas batalhas pela Suprema Corte, “é porque tínhamos a maioria”.

    A posição confortável dos republicanos, porém, está ameaçada pelas eleições acirradas em pelo menos sete estados americanos. Os democratas estão em vantagem e têm chances reais de arrebatar postos no Senado em Iowa, Montana, Carolina do Norte, Geórgia e no Maine.

    “As chances dos democratas de retomar o controle do Senado aumentaram muito à medida que a campanha avançava”, avalia Richard Arenberg, analista de política americana e professor da Universidade Brown, em Rhode Island.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.