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Confronto entre fazendeiros e criadores de gado deixa 86 mortos na Nigéria

Conflitos étnicos pelo uso da terra têm crescido no país e pauta as eleições presidenciais de 2019

Por Da Redação
25 jun 2018, 12h04
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  • Confronto étnico na Nigéria acaaba com 86 mortos
    A foto de arquivo de 2010, mostra os aldeões observando corpos de vítimas de violência étnica entre fazendeiros de Berom e pastores Fulani, em uma vala comum na vila de Dogo Nahawa, no centro da Nigéria (Foto/Reuters)

    Um violento confronto entre fazendeiros e criadores de gado deixou ao menos 86 pessoas mortas e seis feridos no centro da Nigéria, informou a polícia local. A violência explodiu na semana passada, no estado de Plateau, atingindo este número de mortos no sábado, de acordo com relatórios da polícia.

    Após uma busca pelas aldeias afetadas, as forças policiais confirmaram, até o momento, os 86 mortos e seis feridos, além de reportar que 50 casas foram queimadas. Um toque de recolher foi imposto no estado entre às 18h até às 6h da manhã. Segundo o governador, Simon Lalong, o toque é uma medida imediata que “destina-se a proteger a vida dos nossos cidadãos”. Ele lamentou as mortes e garantiu estar trabalhando para identificar os responsáveis.

    “Asseguro-lhes que eu e os agentes de segurança estamos a trabalhar incansavelmente para garantir que os criminosos sejam trazidos. E para as famílias das vítimas desses ataques sem sentido, uma justiça atrasada não é a justiça negada”, postou no Twitter.

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    Os conflitos entre grupos étnicos decorrentes da disputa por terra e criação de animais têm crescido na Nigéria desde 2013, principalmente entre pecuaristas nômades da etnia fulanis, em sua maioria muçulmanos, e agricultores, predominantemente cristãos.

    Além das intensas ondas de violência causadas por ataques do Boko Haram, esses conflitos étnicos se mostram como uma pauta importante para a próxima eleição presidencial de 2019. Segundo a imprensa local, há uma crescente insatisfação com o atual presidente, Muhammadu Buhari, devido ao que a população considera uma inércia para conter esses conflitos. Buhari – que pertence à etnia fulani – é criticado nas redes sociais por não fazer o suficiente para conter a violência no país.

    Em janeiro, ao menos 72 pessoas morreram devido a intenso confronto entre fazendeiros e pecuaristas nômades no estado de Benue. No mesmo estado, em abril, 19 pessoas morreram, entre elas dois padres, depois que homens armados abriram fogo contra uma igreja.

    O presidente argumenta que estes pecuaristas armados foram treinados por forças de segurança do falecido ditador de Líbia, Muamar Kadafi. “Esses pistoleiros foram treinados e armados por Muamar Kadafi da Líbia. Quando ele foi morto, os atiradores escaparam com suas armas. Encontramos alguns deles lutando com o Boko Haram”, afirmou em entrevista à Channels Television da Nigéria em abril.

    Ele também atribui a culpa da escalada da violência à chegada de homens armados da África Ocidental. Pelo Twitter, ele prestou as suas condolências. “A grave perda de vidas e propriedades decorrentes das mortes em Plateau hoje é dolorosa e lamentável. Minhas mais profundas condolências às comunidades afetadas. Não vamos descansar até que todos os assassinos e elementos criminais e seus patrocinadores sejam incapacitados e levados à justiça”.

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