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Confrontos em protestos na capital do Zimbábue deixam 3 mortos

Manifestantes protestam contra suposta manipulação de resultados da eleição; candidato à reeleição, presidente pede 'paciência e maturidade'

Por Da Redação
Atualizado em 1 ago 2018, 17h00 - Publicado em 1 ago 2018, 17h00
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  • Pelo menos três pessoas morreram nesta quarta-feira (1º) na capital do Zimbábue, Harare, durante confrontos entre forças de segurança e manifestantes que protestavam contra a suposta manipulação dos resultados das eleições de segunda-feira (30), segundo a emissora de televisão pública ZBC.

    Centenas de simpatizantes do opositor Movimento pela Mudança Democrática (MDC, na sigla em inglês) se reuniram em Harare depois que o candidato presidencial do partido, Nelson Chamisa, se autoproclamou vencedor. Chamisa acusou a Comissão Eleitoral (ZEC) de não publicar os dados finais porque está preparando “resultados falsos”.

    Os manifestantes se reuniram na frente do centro onde a Comissão está anunciando os resultados provisórios, lançando pedras e ateando fogo a carros e pneus para formar barricadas que evitassem a chegada de veículos das forças de segurança.

    As unidades da tropa de choque da polícia responderam com gás lacrimogêneo e canhões de jatos d’água para dispersá-los, antes de fecharem as portas do recinto.

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    Além disso, um vídeo divulgado por veículos de imprensa locais mostra vários militares, seguidos de um caminhão, se aproximando de uma multidão de simpatizantes do MDC, enquanto é possível ouvir disparos.

    Segundo a rádio privada local Star FM, os soldados estariam efetuando disparos com munição real para dispersar os manifestantes. A emissora de rádio também afirmou que os militares exigiram aos jornalistas que estavam próximos que desligassem suas câmeras.

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    As tensões no Zimbábue, especialmente na capital, vêm aumentando desde a terça-feira (31), dia posterior ao pleito, depois que a ZEC se negou a anunciar resultados provisórios das eleições presidenciais e publicou no seu lugar apenas os das legislativas.

    Desde o dia da eleição, Chamisa publicou várias mensagens em seu perfil no Twitter garantindo que, segundo a apuração paralela do MDC, teria vencido o pleito.

    A coalizão opositora questionou a transparência do processo e acusou a Comissão de ser favorável ao ZANU-PF, partido do ex-presidente Robert Mugabe, e de atrasar voluntariamente a apresentação de resultados.

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    A ZEC, por sua vez, ainda não divulgou dados relativos às eleições presidenciais, alegando que os representantes dos 23 candidatos ainda não verificaram todos os resultados – uma exigência legal que antecede a publicação dos dados oficiais.

    O candidato à Presidência do ZANU-PF e atual presidente, Emmerson Mnangagwa, pediu pelo Twitter que “todos desistam de fazer declarações provocativas”, tenham “paciência e maturidade, e que as ações sejam realizadas de forma que priorizem as pessoas e sua segurança”.

    “É a hora da responsabilidade e, sobretudo, de paz”, acrescentou o chefe de Estado, concorrer à reeleição.

    (Com EFE)

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