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Confrontos no Cáucaso deixam 100 mortos e já são mais violentos em 4 anos

A disputa pela província de Nagorno Karabakh, com uma área que equivale à metade do Distrito Federal, opõe o governo do Azerbaijão a separatistas armênios

Por Da Redação
29 set 2020, 14h51
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  • Uma imagem obtida de um vídeo disponibilizado no site oficial do Ministério da Defesa do Azerbaijão em 28 de setembro de 2020, supostamente mostra o ataque de artilharia contra as posições dos separatistas armênios na região de Nagorno-Karabakh
    Uma imagem obtida de um vídeo disponibilizado no site oficial do Ministério da Defesa do Azerbaijão em 28 de setembro de 2020, supostamente mostra o ataque de artilharia contra as posições dos separatistas armênios na região de Nagorno-Karabakh (Ministério da Defesa do Azerbaijão/Handout/AFP)

    A tensão voltou ao Cáucaso nesta semana após novos confrontos entre forças da Armênia e do Azerbaijão na região fronteiriça de Nagorno-Karabakh. Até então, pelo menos cerca de 100 pessoas já morreram em decorrência do conflito.

    Desde domingo 27, as Forças Armadas azeris e os separatistas de Nagorno Karabakh, apoiados política, militar e economicamente pela Armênia, protagonizam os confrontos mais violentos na região desde 2016.

    O ministro da Defesa armênio afirmou nesta terça-feira que os separatistas destruíram 49 drones, quatro helicópteros, 80 tanques, um avião militar e 82 veículos militares azeris desde domingo 27. Já o Azerbaijão destacou a destruição de uma “coluna motorizada armênia e de uma unidade de artilharia”.

    O balanço oficial de mortos nos combates até esta terça-feira era de 98, incluindo 14 civis (10 azeris e 4 armênios). Os dois lados, porém, alegam que mataram centenas de soldados inimigos.

    O Azerbaijão, um país de língua turca com maioria xiita, exige o retorno a sua soberania sobre Nagorno Karabakh, uma província montanhosa com uma área equivalente a apenas metade do Distrito Federal (DF). A região é habitada principalmente por armênios cristãos, que, em 1991, votaram a favor de um referendo de secessão, após o colapso da União Soviética, da qual ambos o Azerbaijão e a Armênia faziam parte como repúblicas distintas.

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    Esse referendo até hoje, porém, não é reconhecido pela comunidade internacional. Desde o final da década de 1980 e até 1994, azeris e armênios travaram uma guerra por Nagorno Karabakh, na qual mais de 30.000 pessoas morreram.

    O conflito atual se dá após semanas de retórica bélica. No domingo, Azerbaijão anunciou uma grande “contra-ofensiva” com o uso de artilharia, tanques e aviões em resposta a uma “agressão” armênia.

    Vários líderes estrangeiros, incluindo a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediram um cessar-fogo imediato. Rússia, França e Estados Unidos os três mediadores do conflito dentro do chamado Grupo de Minsk pediram sem sucesso um cessar-fogo e a retomada das negociações.

    “As partes devem deter a violência e trabalhar com o Grupo de Minsk (…) para retomar as negociações substanciais o mais rápido possível”, afirmou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Mike Pompeo.

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    O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reunirá em caráter de urgência nesta terça-feira para tentar evitar uma segunda guerra aberta entre Armênia e Azerbaijão. O conflito poderia desestabilizar a região tendo em vista que a Armênia é aliada da Rússia, e o Azerbaijão da Turquia.

    “Fazemos um apelo a todos os países, especialmente aos nossos países sócios como a Turquia, para que façam todo o possível para obter um cessar-fogo e voltar a uma solução pacífica do conflito”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.

    (Com AFP)

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