Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Coreia do Norte acusa Sul de ter enviado balões contaminados com Covid

Acusação faz parte da tentativa do regime de culpar a Coreia do Sul pelo atual surto de Covid-19 no Norte; especialistas dizem que alegação é implausível

Por Da Redação
1 jul 2022, 10h01
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A Coreia do Norte acusou nesta sexta-feira, 1, a Coreia do Sul de ter enviado balões e objetos não identificados contaminados com Covid-19 pela fronteira, culpando o vizinho pelo seu surto de coronavírus.

    Depois de dois anos insistindo que não havia registrado um único caso do vírus, autoridades norte-coreanas admitiram suas primeiras infecções em 12 de maio. O anúncio provocou temores de uma crise de saúde pública no país, que não fez nenhuma campanha de vacinação nem adquiriu imunizantes.

    Nesta sexta-feira, o país informou que 4.570 pessoas apresentavam “sintomas de febre”, elevando o número total de casos para 4,74 milhões. Autoridades de saúde referem-se ao termo sintomas de febre, e não ao Covid-19, aparentemente devido à escassez de kits de teste. Apenas 73 mortes foram oficialmente registradas pela Coreia do Norte.

    + Sem vacinas, Coreia do Norte ultrapassa 2 milhões de casos de Covid-19

    A agência de notícias oficial KCNA informou que um soldado de 18 anos e uma criança de cinco anos que tocaram “materiais não identificados” no condado de Kumgang, no leste do país, no início de abril, apresentaram sintomas e depois tiveram resultados positivos para a Covid-19.

    Continua após a publicidade

    “Um aumento acentuado de casos de febre foi testemunhado entre seus contatos e um grupo de pessoas febris surgiu na área pela primeira vez”, afirmou a agência.

    A parte estranha da história não é que o Sul tenha enviado balões e outros objetos não identificados – isso já aconteceu antes. Ativistas desertores usam balões para enviar panfletos anti-regime e ajuda humanitária através da fronteira fortificada entre os países.

    No entanto, a primeira vez que grupos de desertores norte-coreanos enviaram balões pela fronteira este ano foi no final de abril da região ocidental de Gimpo.

    Continua após a publicidade

    A KCNA alertou os cidadãos para “lidarem vigilantemente com objetos desconhecidos que vêm pelo vento e outros fenômenos climáticos e balões nas áreas ao longo da linha de demarcação e fronteiras”.

    Em resposta, o Ministério da Unificação do Sul disse nesta sexta-feira que “não há possibilidade” de que o coronavírus tenha entrado no Norte por meio de balões. Desde os primeiros meses da pandemia, após a condução de estudos, especialistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos descobriram que o vírus não se propaga facilmente pelo contato com a superfície de objetos.

    O regime não aceitou uma explicação mais plausível – que a Covid-19 entrou na Coreia do Norte depois de retomar o comércio transfronteiriço com a China. O governo não quer correr o risco de ter que reforçar as medidas de quarentena na área de fronteira, pois seria um revés adicional ao comércio para o país já empobrecido.

    Continua após a publicidade

    Pyongyang rejeitou ofertas externas de ajuda humanitária, incluindo vacinas contra a Covid-19 e suprimentos médicos, para ajudá-lo na pandemia. O governo acusou os Estados Unidos de usar o gesto para mascarar sua política “hostil” em relação à Coreia do Norte.

    O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte disse que os Estados Unidos estavam faltando com sinceridade ao oferecer ajuda enquanto continuavam a realizar exercícios militares e pressionavam por mais sanções em resposta aos programas nucleares e de mísseis balísticos do regime.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.